Restos mortais estão sendo analisados e estudados no local pelo professor de Medicina Legal, doutor Giovanni Arcudi
Da redação, com Vatican News
“Foram retomadas regularmente, às 9h da manhã deste sábado, 20, no Vaticano, as investigações no Campo Santo Teutônico em relação ao caso Orlandi”, informa o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, num comunicado divulgado neste sábado, 20.
Como indicado no decreto do Promotor de Justiça do Estado da Cidade do Vaticano, as operações dizem respeito a dois ossuários identificados numa área adjacente aos túmulos da princesa Sophie von Hohenlohe, que morreu em 1836, e da princesa Carlotta Federica de Mecklenburg, que morreu em 1840.
No último dia 11, foram abertos os dois túmulos das princesas, ambos encontrados vazios, no Cemitério Teutônico, situado dentro do Vaticano, a pedido da família de Emanuela Orlandi, filha de um alto funcionário do Vaticano, que desapareceu, inexplicavelmente, 36 anos atrás.
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Segundo o comunicado de Gisotti, os restos mortais estão sendo analisados e estudados no local pelo professor de Medicina Legal na Universidade Tor Vergata, doutor Giovanni Arcudi, especialista em antropologia forense, e sua equipe, na presença do perito de confiança nomeado pela Família Orlandi, segundo os protocolos reconhecidos no âmbito internacional.
O tempo de duração da operação de análise morfológica dos restos mortais encontrados nos ossuários não tem previsão de encerramento. Trabalham também no Campo Santo Teutônico o professor Arcudi e sua equipe, os funcionários da Fábrica de São Pedro responsáveis pela abertura e fechamento do ossuários, e os funcionários do Centro Operacional de Segurança da Gendarmaria Vaticana.
Também estão presentes o Promotor de Justiça do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, Gian Piero Milano, e o seu vice, Alessandro Diddi, o advogado da família Orlandi e o comandante do Corpo da Gendarmaria Vaticana, Domenico Giani.
A nova iniciativa atesta, mais uma vez, depois das investigações do último dia 11, a disponibilidade da Santa Sé para com a família de Emanuela Orlandi. Disponibilidade demonstrada, desde o início, quando aceitou o pedido de investigações no Campo Santo Teutônico, mesmo com base numa assinalação anônima.
Entenda o caso
Emanuela Orlandi foi uma jovem que desapareceu misteriosamente em 22 de junho de 1983. Filha de um cidadão do Vaticano, funcionário da Prefeitura da Casa Pontifícia, na época do seu desaparecimento tinha 15 anos. Logo se tornou um dos casos mais obscuros da história italiana que ainda não foi resolvido e que envolveu uma série de instituições.