O Papa Bento XVI enviou uma Carta ao Administrador diocesano de Bolzano-Bressanone, Mons. Josef Matzneller, expressando sua profunda tristeza pelo falecimento de Dom Wilhelm Emil Egger, bispo de Bressanone, que o hospedou, por 15 dias, em suas recentes férias, no Seminário diocesano.
O Santo Padre assegurou à diocese de Bressanone, em luto, aos fiéis e a toda comunidade eclesial, suas orações pelo falecido. Não foi só a diocese de Bressanone que perdeu um pastor tão erudito, amável e piedoso: foi toda a Igreja, disse o Pontífice.
Bento XVI lamentou a perda de um amigo, com quem teve a oportunidade de se encontrar várias vezes, tanto nos anos anteriores quanto durante o recente período de descanso, naquela cidade do sul do Tirol.
O Bispo de Roma ressaltou os dotes espirituais e culturais de Dom Egger, que tinha uma relação íntima com a Eucaristia e com as Escrituras. Seu amor pela Palavra de Deus e pela santificação do domingo representam o testamento pessoal de Dom Egger.
O Papa conclui citando a Carta pastoral escrita pelo falecido bispo: "Chamada à seqüela no amor", que bem interpreta a vida cristã, religiosa e episcopal deste generoso homem da Igreja. O seu exemplo, disse por fim Bento XVI, é um convite a abrir-nos ao amor de Deus!
Dom Wilhelm Egger, faleceu de infarto, no último sábado, aos 68 anos, e suas exéquias foram celebradas nesta quinta-feira, na catedral de Bressanone. Ele tinha sido nomeado pelo Papa como Secretário Especial do próximo Sínodo dos Bispos, em outubro, no Vaticano, sobre a "Palavra de Deus".
Ao receber a notícia da sua nomeação como Secretário do Sínodo, em janeiro, Dom Egger confessou o seu desejo de que a Igreja se convertesse "cada vez mais num grande grupo bíblico, composto por homens e mulheres que, sob a guia do Magistério, pudessem participar da leitura orante para serem evangelizados e evangelizadores".
O Papa recordou a figura de Dom Egger, domingo, por ocasião da oração do Ângelus, dizendo textualmente: "Deixei-o há poucos dias aparentemente com boa saúde, sem pensar que algo semelhante pudesse acontecer tão rapidamente".
Bento XVI falou deste servo "bom e fiel", manifestando a sua solidariedade espiritual para com toda a diocese que "amou o seu bispo pelo seu empenho e dedicação".