Com a preparação para a Páscoa do Senhor, se renova a chamada dos Pastores da Igreja universal para que apoiem a Terra Santa, oferecendo a oração, a participação vigilante e a concretização da generosidade.
No "nós" da Igreja encontra motivação a sensibilidade para com as necessidades da Igreja de Jerusalém e do Oriente Médio. Sensibilidade que se torna ajuda, como a enviada aos irmãos da Judéia (At 11, 29-30); memória, como o convite de São Paulo na Carta aos Gálatas (2, 10); e coleta, que responde a precisas indicações práticas (1 Cor 16, 1-6) e foi definida graça de tomar parte no serviço a favor dos santos (2 Cor 8-9 e Rm 15).
Neste ano, a nossa chamada se inspira na peregrinação realizada "sobre as pegadas históricas de Jesus" pelo Santo Padre Bento XVI no mês de maio último.
Tive a honra de acompanhá-lo e de compartilhar o ardor pastoral, ecumênico e inter-religioso que animaram suas palavras e seus gestos. Junto da comunidade eclesial de Israel e Palestina escutei "uma voz" de fraternidade e de paz.
Sublinhando fortemente o problema incessante da emigração, Sua Santidade recordou que "na Terra Santa há lugar para todos!". Exortou as autoridades a favorecer a presença cristã, mas ao mesmo tempo assegurou aos cristãos daquela Terra a solidariedade da Igreja.
Na Santa Missa, em Belém, Sua Santidade animou os batizados a ser "uma ponte de diálogo e colaboração construtiva na edificação de una cultura de paz que supere a atual situação estancada de medo, agressão e frustração", a fim de que as Igrejas locais sejam "laboratórios de diálogo, tolerância e esperança, assim como de solidariedade e de caridade prática".
O ano sacerdotal insta os queridíssimos sacerdotes e seminaristas de toda a Igreja, junto a seus respectivos Bispos, a favor dos Lugares Santos. Voltamos por isso com o coração ao Cenáculo de Jerusalém, onde nosso Mestre e Senhor "nos amou até ao fim", àquele lugar onde os Apóstolos com a Santa Mãe do Crucificado Ressuscitado viveram o primeiro Pentecostes. Cremos firmemente no "fogo inextinguível" do Espírito Santo, que o Vivente difunde profusamente e prodiguemo-nos incansavelmente para garantir um futuro aos cristãos ali onde apareceram "a benignidade e a humanidade" de nosso Deus e Pai.
O Papa confiou à Congregação para as Igrejas Orientais o encargo de manter vivo o interese por aquela Terra bendita. Em seu Nome, exorto para que se confirme a solidariedade mostrada até agora. Os cristãos do Oriente têm, com efeito, uma responsabilidade que é da Igreja universal, a de custodiar as "origens cristãs", os lugares e as pessoas que deles são sinais, para que estas origens sejam sempre a referência da missão cristã, a medida do futuro eclesial e de sua segurança. Portanto, merecem o apoio de toda a Igreja.
Envio em anexo um documento informativo, que ilustra as obras realizadas pela Custodia da Terra Santa com a Coleta 2009 e recordo que muitas intervenções podem ser realizadas pelo Patriarcado Latino de Jerusalém e pelas Igrejas Orientais Católicas em Israel e na Palestina somente graças à Coleta anual.
Rogo ao Senhor para que recompense abundantemente a quantos amam a Terra onde Ele nasceu: ela, graças à "Igreja viva e jovem" que lá atua, deve manter-se como a testemunha pelos séculos das grandes obras da salvação.
Em comunhão com os Pastores e os cristãos da Terra Santa, desejo a todos uma Páscoa repleta das bênçãos divinas.
Seu devotadíssimo no Senhor,
Prefeito
+ Cyril Vasil’, S.I.
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