Após três anos da morte da última vidente de Fátima, o Carmelo de Coimbra assinala esta data com uma Celebração Eucarística de manhã, na cela da Irmã Lúcia presidida pelo padre geral da Congregação.
À tarde, o Carmelo recebe a visita do Cardeal Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos para celebração de Missa na Igreja do Carmelo.
Irmã Maria Celina, Prioresa do Carmelo de Coimbra, afirma que a Irmã Lúcia se encontra muito presente na vida das Irmãs do Carmelo e que sua cela é lugar de referência na Instituição.
“É muito freqüente encontrar as irmãs rezando na cela de Irmã Lúcia”, afirma a madre.
A própria Prioresa assume que este rito assinala a saudade que tem de estar com ela.
As Irmãs do Carmelo assumem com naturalidade a devoção que os portugueses têm à última vidente de Fátima: “A nossa vida é muito simples, tal como era a vivência da Irmã Lúcia”, aponta a Prioresa.
Cerca de 12 mil pessoas já visitaram o Memorial da Irmã Lúcia, no Carmelo. Um número que não espanta pela devoção, mas que surpreende pelo despojamento que existe no Memorial. “O que existe para as pessoas visitarem são coisas simples e pobres”, diz Irmã Maria Celina. “É esta simplicidade que justifica a plena adesão ao local”, complementa.
Muitas cartas chegam ao Carmelo relatando graças recebidas por intercessão de Irmã Lúcia. É possível, inclusive, depositar cartas à porta da cela no Memorial. “As pessoas gostam de deixar ali a sua carta. Algumas para pedir graças, outras para agradecer as graças já concedidas”, afirma Irmã Maria Celina.
Para assinalar a data o Carmelo receberá a visita do Cardeal Saraiva Martins e de D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra.
Apesar da expectativa em torno da abertura do processo de beatificação da Irmã Lúcia, Irmã Maria Celina acredita que o título de beata não vai trazer alterações à devoção. “O processo é aberto precisamente pela devoção popular que existe”, argumenta.