A situação humanitária da República Centro-Africana será tema de um encontro nesta quarta-feira, 4, em Roma. A reunião será realizada na sede da Cáritas Internacional e reunirá especialistas e agentes da instituição que trabalham nos centros de acolhida do país africano.
A República Centro-Africana vive em situação de extrema emergência desde a deposição do presidente François Bozizé, por rebeldes da coalizão Seleka, em março deste ano. Os conflitos atingem, principalmente, a produção agrícola, ocasionando falta de alimentos em todo o país.
"Os grupos de defesa dos direitos humanos denunciaram numerosos casos de tortura, assassinatos e saques. As Nações Unidas alertaram para o perigo de a situação gerar uma guerra civil ", destaca o comunicado da Cáritas local enviado à Agência Fides.
A instituição católica recorda ainda que mais de 400 mil pessoas vivem em estado de extrema pobreza e cerca de 65 mil já fugiram do país. Segundo a Cáritas, a violência dos conflitos diminuiu o número de instituições de auxílio e quase a totalidade da população recebe ajuda humanitária somente da Igreja Católica.
Na reunião de quarta-feira, serão elaborados os projetos de auxílio emergenciais ao país. Participará do encontro o diretor da Cáritas Centro- Africana, padre Guendjande Elysée, que foi ferido durante os conflitos pelos rebeldes.
