A Instituição católica, presente no território em conflito, pediu o fim dos bombardeios e ressaltou o sofrimento da população
Da Redação, com Rádio Vaticano
A Cáritas de Jerusalém, instituição pontifícia, condenou nesta terça-feira, 15, a escalada de violência em Gaza e pediu às partes envolvidas no conflito que travem o “banho de sangue” na região.
O diretor da organização católica, Padre Raed Abusahlia, reconhece o direito de Israel de viver em paz e em segurança, lamentando o medo constante, mas afirma que isso “nunca será alcançado através da guerra e da agressão contra pessoas inocentes”.
“O caminho mais curto para a paz e segurança é a justiça e a resolução deste conflito, dando aos palestinos a sua terra e liberdade na abertura da Faixa de Gaza para o mundo”, refere o responsável.
A Cáritas se pronunciou sobre o crescente momento de tensão na Faixa de Gaza, com bombardeamentos israelenses e lançamento de “rockets” por parte do braço armado do Hamas. Os bombardeios ocasionaram, até o momento, 192 mortes e milhares de desabrigados.
As Cáritas de Jerusalém e a norte-americana fecharam temporariamente os seus escritórios em Gaza, mas mantêm no terreno uma clínica móvel e um centro de saúde.
“Gaza está numa situação dramática, uma vez que foi assediada durante doze anos e passou por três guerras em oito anos, com cortes de energia constantes, falta de água e uma alta taxa de desemprego”, disse o padre Raed.
O Papa Francisco fez um apelo neste domingo, 13, no Vaticano, pedindo o fim do conflito entre israelenses e palestinos, e falou de sua preocupação com os “acontecimentos trágicos” dos últimos dias na Terra Santa.