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Cáritas alerta para drama das inundações na África

A confederação internacional da Cáritas lançou um alerta para a situação de 1,5 milhões de pessoas atingidas pelas piores inundações das últimas décadas. Os países atingidos vão da Mauritânia, na costa atlântica, até ao Quênia, no Índico, passando pelo Burkina Faso, Togo, Gana, Etiópia, República Democrática do Congo e Uganda.

Só no Uganda as inundações já deixaram 18 mortos e 500 mil desabrigados no país, além de destruir plantações em diversas zonas. No Quênia, a chuva está dificultando o trabalho dos serviços de salvamento e o envio de ajuda humanitária, com 6 mil pessoas "totalmente isoladas".

Vincent Sebukyu, da Cáritas Uganda, considera que a situação é "terrível". "As pessoas foram forçadas a sair das suas casas, em busca de zonas mais elevadas, mas muitas dessas áreas também foram afetadas e estão fora do nosso raio de ação", alerta.

Africanus Diendong, da Cáritas Gana, indica que "aquilo de que as pessoas precisam mais urgentemente é de comida". Há comunidades inteiras completamente isoladas, onde só se consegue chegar por barco e, para piorar a situação, continua a chover.

Estas são as piores inundações na África em 30 anos, com mais de 300 mortos e deslocados em 18 países. Na África Ocidental, pouco habituada a fortes chuvas, as inundações têm provocado situações catastróficas, destruindo plantações e infra-estruturas.

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