Luta contra a Hanseníase

Cardeal Turkson: Hanseníase atinge 200 mil por ano

64º Dia mundial de luta contra a hanseníase é celebrado neste domingo

Da redação, com Rádio Vaticano

Celebra-se este domingo, 29, o 64º Dia mundial de luta contra a hanseníase. O Mal de Hansen atinge ainda hoje populações em várias zonas da Ásia, da África e da América do Sul.

Para esta ocasião, o prefeito do Dicastério vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, escreveu uma mensagem com o tema “Erradicação da lepra e reinserção: um desafio ainda não vencido”.

A lepra, além dos graves problemas de saúde e das mutilações, traz consigo outra grave condenação: a discriminação social a quem foi acometido por ela, mesmo após ter sido curado.

A lepra ou Morbo de Hansen mantém empenhados em nível planetário muitos organismos e realidades nacionais e internacionais, com a Igreja católica na linha de frente, afirma o purpurado.

Isso permitiu dar notáveis passos avante na cura da doença, embora ainda hoje se registrem 200 mil novos casos todos os anos e, por conseguinte, há muito ainda a ser feito, ressalta o Cardeal Turkson.

O purpurado ganense exorta os líderes de todas as religiões a contribuir na eliminação das discriminações contra as pessoas acometidas pela lepra.

A esse ponto, é necessário trabalhar em dois níveis: o da saúde, com novos fármacos e melhores instrumentos diagnósticos; e o da reinserção, com políticas sociais que os governos deveriam criar para envolver as pessoas enfermas.

Portanto, é preciso restituir plenamente a pessoa curada ao tecido social originário: a família, a comunidade, a escola e o trabalho.

O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral retoma a passagem evangélica da cura de um leproso feita por Jesus. O Senhor não somente cura a pessoa, mas solicita que esta se apresente ao sacerdote para a plena reinserção no consórcio humano.

Talvez este seja o maior obstáculo para quem foi marcado pelo Morbo de Hansen, ou seja, vencer o medo em relação a quem carrega os sinais da doença iguais a marcação a fogo. Devemos trabalhar com afinco a favor deles, a fim de que possam encontrar acolhimento, solidariedade e justiça.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo