Nesta terça-feira, às 11 horas (horário de Brasília), na basílica romana de São Paulo fora de muros, o Secretário de Estado, Cardeal Tarcísio Bertone, realizou a celebração das exéquias de Chiara Lubich. Mais de 40 mil pessoas presenciaram o momento, além de 16 cardeais, 40 bispos e centenas de sacerdotes. Personalidades políticas, fundadores e presidentes de Movimentos e Novas comunidades, representantes de comunidades cristãs e de várias religiões. A fundadora do Movimento dos Focolares faleceu na última sexta-feira, 14, com 88 anos de idade.
O Santo Padre enviou sua mensagem para a solene liturgia da qual declarou estar presente espiritualmente. Cardeal Bertone, ao transmitir a mensagem do Santo Padre, definiu Chiara como "generosa testemunha de Cristo, que se gastou sem reservas pela difusão da mensagem evangélica em todos os âmbitos da sociedade contemporânea".
Bento XVI renovou seus "sentidos pêsames aos responsáveis e a toda a Obra de Maria – Movimento dos Focolares, como também a quantos colaboraram com esta generosa testemunha de Cristo, que se gastou sem reservas pela difusão da mensagem evangélica em todos os âmbitos da sociedade contemporânea, sempre atenta aos 'sinais dos tempos'."
"Muitos são os motivos para dar graças ao Senhor pelo dom feito à Igreja nesta mulher de fé intrépida, mansa mensageira de esperança e de paz, fundadora de uma vasta família espiritual que abraça múltiplos campos de evangelização" – escreve Bento XVI.
"Queria sobretudo dar graças a Deus pelo serviço que Chiara prestou à Igreja: um serviço silencioso e incisivo, sempre em sintonia com o magistério da Igreja. (…) Chiara e a Obra de Maria sempre procuraram responder com dócil fidelidade a cada um dos apelos e desejos (dos Papas). (…) Mais ainda: vendo as iniciativas que suscitou, poder-se-ia até mesmo dizer que tinha quase a profética capacidade de intuir e de concretizar antecipadamente (o pensamento do Papa). A sua herança passa agora à sua família espiritual. A Virgem Maria, permanente modelo de referência para Chiara, ajude cada focalarino e focolarina a prosseguir no mesmo caminho contribuindo a fazer com que, como escreveu o amado João Paulo II no final do Grande Jubileu do Ano 2000, a Igreja seja cada vez mais casa e escola de comunhão", presseguiu o Papa.