Na Missa de abertura, o cardeal Rylko sugeriu alguns itinerários para guiar o Retiro Mundial dos Sacerdotes que acontece em Roma
Da redação, com Rádio Vaticano
O presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, cardeal Stanislaw Rilko, celebrou na tarde desta quarta-feira, 10, a Missa que abriu o 3º Retiro Mundial de Sacerdotes, na Basílica São João de Latrão, em Roma.
Como responsável pelo acompanhamento pastoral dos movimentos eclesiais e das novas comunidades, o cardeal desejou que os dias de retiro não tragam tranquilidade aos sacerdotes, mas inquietação.
“Uma profunda inquietação missionária, um impulso interior para recomeçar com renovado entusiasmo a vocação de cada um. De fato, após anos de sacerdócio, pode-se cair na tentação de regredir, de cansar de si mesmo e de perder o calor do primeiro amor, quando se ouviu o chamado do Senhor”, disse.
Neste sentido, o cardeal Rylko sugeriu alguns itinerários para guiar o retiro. Antes de tudo, sublinhou, deve-se recordar que o cerne de um retiro espiritual para sacerdote é constituído sempre por uma “renovada descoberta do dom e do mistério” da própria vocação. “Entender, isto é, se se sente somente o salutar cansaço do trabalho pastoral, ou também aquele perigoso da auto-referencialismo e do desencorajamento”.
Depois, o cardeal falou sobre o “novo ímpeto missionário”, etapa fundamental, segundo ele, pois, precede o objetivo de responder ao convite do Papa Francisco para serem protagonistas de uma Igreja “em saída”, com “as portas sempre abertas”. “Uma Igreja pobre e amiga dos pobres, capaz de caminhar com as pessoas e, em particular, com quem é pobre, excluído da cultura do descarte e capaz de redescobrir as vísceras maternas da misericórdia”.
A terceira etapa do percurso sugerido pelo cardeal é relativo à esperança e à alegria. “Um cristão – recordou o dom Rylko, citando a Evangelii gaudium – nunca pode ser triste, mesmo quando se semeia em meio às lágrimas, num mundo pleno de dificuldades e de problemas”.
“Eis porque é necessário colocar-se na ‘escola de Maria’. Dela se aprende um estilo de atividade evangelizadora e, seguindo-a, pode-se recuperar e alimentar a ‘doce e reconfortante alegria de evangelizar’”, concluiu o Cardeal.
O 3º Retiro Mundial de Sacerdotes é organizado pelo Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica e pela Fraternidade Católica, e segue até domingo, 14. Acompanhe