O cardeal australiano George Pell foi condenado a 6 anos de prisão por abusos sexuais. Ele poderá pedir a liberdade condicional depois de 3 anos e 8 meses
Vatican News
Em dezembro do ano passado, o Cardeal George Pell foi considerado culpado de ter abusado sexualmente de dois coristas menores quando era arcebispo de Melbourne nos anos 90. Prosseguindo com a leitura da sentença, o Juiz da Country Court, Peter Kidd, observou que os abusos cometidos pelo Cardeal George Pell tiveram “um impacto significativo e duradouro” sobre uma das vítimas, que sofreu uma série de emoções negativas com as quais lutou durante muitos anos, agravadas por problemas de confiança e ansiedade.
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Pell sempre confessou a sua inocência e os seus advogados recorrerão nos próximos dias 5 e 6 de junho. Em nome da transparência, o juiz Kidd ordenou a transmissão ao vivo em vários canais da leitura da sentença, que durou mais de meia hora, em nome da “justiça aberta”, mas, de acordo com os apoiadores de Pell, trata-se de uma confirmação da campanha midiática contra o cardeal.
A idade avançada do purpurado, de 77 anos, certamente influenciou o veredito, já que Pell arriscou pegar até cinquenta anos, dez para cada acusação, de acordo com a lei australiana. Depois de ler a sentença, o cardeal regressou à prisão de segurança máxima em Melbourne, onde é mantido em regime de isolamento, conforme estabelecido para os culpados de abusos.
Sobre a condenação do Cardeal Pell, nos últimos dias a Santa Sé havia anunciado a abertura de sua própria investigação canônica pela Congregação para a Doutrina da Fé.
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