O presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Renato Raffaele Martino comentou, em declarações a jornalistas, sobre a polêmica diante das Olimpíadas de Pequim. Ele também falou sobre a visita do Papa aos EUA.
"Cada atleta, político ou chefe de Estado julgará segundo a própria consciência se participa ou não das Olimpíadas", afirmou o purpurado, que acrescentou: ''O esporte é uma atividade de paz. Embora haja competição entre atletas, é feito com um espírito de paz e fraternidade. Sinto muito que seja interpretado politicamente ou por questões de luta e de discriminação. O esporte é algo maravilhoso que deve favorecer a paz".
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A respeito da visita de Bento XVI aos Estados Unidos, na próxima semana, o cardeal afirmou: "A viagem aos EUA não pode ser interpretada como um apoio do Papa à política externa de Bush. A Santa Sé, com esta visita, reafirma sua posição contrária à guerra e incentiva o diálogo para conter as diferenças", declarou.
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Sobre uma suposta sintonia entre Bento XVI e Bush acerca da necessidade de manter as tropas no Iraque, o Cardeal Martino afirmou: "É evidente que o principal erro foi começar uma guerra. Agora, porém, a avaliação é muito difícil. Alguns motivam a matança diária no Iraque com a presença das tropas estrangeiras e gostariam, portanto, de mandá-las embora. Mas se trata de uma avaliação realmente difícil".
As declarações do purpurado foram feitas à margem do seminário "Desarmamento, desenvolvimento e paz: perspectivas por um desarmamento integral", que se conclui hoje no Vaticano.