O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, celebrou nesta quarta-feira, 9, uma Missa pelas vítimas do naufrágio ocorrido na última quinta-feira, em Lampedusa, sul da Itália. Os bispos da Igreja de tradição alexandrina da Etiópia e Eritreia concelebraram no altar do Sepulcro de São Pedro, na Cripta da Basílica Vaticana.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o cardeal Sandri convidou todos a rezarem pelos mortos, mas destacou ser necessário rezar também pelos sobreviventes, que possuem ainda um futuro incerto.
O cardeal relatou a dura realidade dos refugiados, afirmando que a fuga do próprio país de origem, por vezes é a única saída para a sobrevivência.
O prefeito salientou o gesto do Papa Francisco em enviar o seu Elemosineiro à Lampedusa para verificar as necessidades dos refugiados. "O elemosineiro está ligado intimamente à pessoa do Papa. Nunca aconteceu que o Santo Padre o mandasse para fora de Roma. Mandá-lo a Lampedusa significa que o Papa quer estar perto dessas pessoas que sobreviveram e rezar por aqueles que morreram”, ressaltou.
O arcebispo destacou ainda ser necessário prestar auxílio a Etiópia e Eritreia. Segundo ele, os bispos destes países presentes no Vaticano, pediram apoio para evitar a fuga da população. "Eles pedem uma ajuda (…), para que haja liberdade, democracia, possibilidade de viver humanamente nesses países e dispor das coisas que consideramos mínimas para a realização de uma vida humana", conclui.