Soldados com armas leves realizam algumas poucas patrulhas na sexta-feira na capital do Níger, onde mercados, bancos e escolas funcionam normalmente, um dia depois do golpe militar que derrubou o presidente Mamadou Tandja.
O chefe da nova junta militar pediu calma, mas fechou as fronteiras do país africano, grande produtor de urânio. O trabalho dos ministros e governadores depostos no golpe está sendo feito por seus secretários-gerais.
Após meses de crise política por causa de uma emenda constitucional que na prática ampliava o mandato de Tandja, o que gerou manifestações locais e sanções internacionais, há certa sensação de alívio e esperança no desértico Níger.
"Acho que agora conseguiremos trabalhar normalmente, sem toda a pressão das ruas e das rádios particulares que os políticos ocupavam", disse a professora Adiza Abdoulaye.
Os militares prenderam Tandja e seus ministros na quinta-feira, após um tiroteio de quatro horas no palácio presidencial, que deixou ao menos três mortos. Em seguida, a junta, cujo nome oficial é Conselho Supremo para a Restauração da Democracia (CSRD), suspendeu a Constituição e dissolveu todos os órgãos estatais.
O presidente do CSRD foi identificado como Salou Djibo. Outros líderes do golpe de quinta-feira incluem os coronéis Adamou Harouna, que segundo fontes militares comanda um contingente nigerino no bloco regional Ecowas, e Djibril Hamidou, que foi porta-voz da junta responsável pelo golpe de 1999.
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