A diretoria do museu Vaticano está estudando a possibilidade de limitar o número de visitantes na Capela Sistina, em virtude da densa visitação diária que pode causar desconforto aos visitantes e causar danos à pintura. Contudo, contrariamente ao que está sendo divulgado por algumas mídias, a diretoria informou que a limitação não será necessária a curto prazo.
A informação foi veiculada pelo Jornal Vaticano L'Osservatore Romano nesta quarta-feira. O jornal informa que, todos os dias, dez mil pessoas entram na Capela Sistina, com picos de vinte mil nos períodos de máxima presença turística.
São pessoas de todas as proveniências, línguas e culturas. De todas as religiões ou de nenhuma. A Capela Sistina é uma grande atração para os visitantes, para os migrantes do chamado turismo cultural.
O diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci, reconheceu, no texto, que os cinco milhões de visitantes que a Capela Sistina recebe por ano constituem um problema difícil. Segundo ele, a pressão antrópica com as poeiras induzidas, a umidade que os corpos emanam, o dióxido de carbono produzido pela transpiração, causam um desconforto aos visitantes e, a longo prazo, possíveis danos para as pinturas.
Paolucci disse que o acesso pode ser contido se a pressão turística aumentar “para além dos limites de uma tolerabilidade razoável e se não conseguirmos contrastar com eficácia adequada o problema”. Ele afirmou ainda que acredita ser necessário colocar em prática todas as providências tecnológicas para garantir a eliminação da poeira e dos poluentes, uma saída de ar eficaz e o controle da temperatura e da umidade.
Capela Sistina completa 500 anos
A Capela Sistina completa nesta quarta-feira, 31, 500 anos. Inaugurada em 31 de outubro de 1512 pelo Papa Júlio II, após 4 exaustivos anos de trabalho de Michelangelo, a Capela Sistina provocou um grande impacto na história das artes com seus afrescos que ocupam uma área superior a mil metros quadrados, mudando radicalmente a arte na Itália e na Europa.