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Pregador do Papa

Cantalamessa fala sobre Liturgia de Domingo

Padre Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, em comentário sobre a Liturgia deste domingo, 26, enfatiza as palavras com as quais termina o Evangelho (Mateus 4, 12-23): "Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando toda enfermidade e toda doença no povo".

Cerca de um terço do Evangelho se ocupa das curas feitas por Jesus durante o breve tempo de sua vida pública. É impossível eliminar estes milagres ou dar-lhes uma explicação natural sem fragmentar todo o Evangelho e torná-lo incompreensível.

Os milagres no Evangelho têm características inconfundíveis. Jamais aparecem para surpreender ou para exaltar quem os realiza. Hoje alguns se deslumbram ao ouvir certos personagens que dizem possuir poderes de levitação, de fazer aparecer ou desaparecer objetos e coisas do estilo. Para quem serve este tipo de milagre, supondo que seja assim? A ninguém, ou só a si mesmo, para ganhar adeptos e dinheiro.

Jesus realiza milagres por compaixão, porque ama os outros: faz milagres também para ajudá-los a crer. Realizar curas para anunciar que Deus é o Deus da vida e que no final, junto à morte, também a doença será vencida e "já não haverá luto nem pranto".

Jesus não é o único que cura, mas ordena a seus apóstolos que façam o mesmo: "Eu os envio a anunciar o Reino de Deus e a curar os enfermos" (Lc 9, 2); "Pregai que o reino dos céus está próximo. Curai os doentes" (Mt 10, 7 s).

Encontramos sempre as duas coisas ao mesmo tempo: "pregai o Evangelho" e "curai os enfermos". O homem tem dois meios para tentar superar suas enfermidades: a natureza e a graça. Natureza indica a inteligência, a ciência, a medicina, a tecnologia; graça indica o recurso direto a Deus, através da fé, da oração e dos sacramentos. Estes últimos são os meios que a Igreja tem à disposição para curar os doentes.

O mal começa quando se busca uma terceira via: a da magia, a que se apóia em pretensos poderes ocultos da pessoa que não se baseiam nem na ciência nem na fé. Neste caso, ou estamos diante de charlatões, ou pior, diante da ação do inimigo de Deus. Não é difícil distinguir quando se trata de um verdadeiro carisma de cura e ou de sua falsificação na magia.

No primeiro caso, a pessoa jamais atribui a poderes próprios os resultados obtidos, mas a Deus; no segundo, as pessoas não fazem mais que exibir seus pretendidos "poderes extraordinários".e aí se lêm coisas do tipo: tal mago tem "expulsa demônios, afasta o mal olhado etc". São grande enganos! Jesus dizia que os demônios são expulsos «com jejum e oração», não esvaziando o bolso das pessoas!

Devemos nos perguntar, então: "E quem não se cura?" O que pensar? Que esta pessoa não tem fé ou que Deus não a ama?

Se a persistência de uma doença fosse sinal de que uma pessoa carece de fé ou do amor de Deus por ela, teríamos de concluir que os santos eram os mais pobres de fé e os menos amados de Deus, porque há alguns que passaram toda a vida prostrados.

A resposta é outra. O poder de Deus não se manifesta só de uma maneira (eliminando o mal, curando fisicamente), mas também dando a capacidade, e às vezes até a alegria, de carregar a própria cruz com Cristo e de completar o que falta aos seus padecimentos. Cristo redimiu também o sofrimento e a morte; já não é sinal do pecado, participação na culpa de Adão, mas instrumento de redenção.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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