Cerca de 900 toneladas de alimentos foram distribuídas graças à ação solidária da Igreja no Brasil intitulada “É Tempo de Cuidar”. A campanha foi divulgada no boletim do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano
Da Redação, com Agências
Já são mais de 2 meses de campanha nacional no Brasil com o lema “É tempo de cuidar” e os números mostram a força da solidariedade no país: mais de 900 toneladas de alimentos e cerca de 220 mil unidades de kits de higiene e limpeza chegaram a 260 mil pessoas. A campanha, com mais de 2 meses de atuação no país, faz parte do último boletim divulgado pela Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano.
O boletim apresenta iniciativas de entidades católicas em todo o mundo mobilizadas em arrecadar fundos para ajudar a aliviar o sofrimento da vida dos migrantes, duramente atingidos pela situação de emergência e confinamento por causa da crise da Covid-19.
Leia também:
.: CNBB e Cáritas lançam Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil
.: CNBB lança hotsite para direcionar Ação Solidária Emergencial
A campanha no Brasil, que começou a receber doações em 12 de abril, tem procurado amenizar as consequências da pandemia nas comunidades mais vulneráveis. Entre os beneficiados, moradores em situação de rua, desempregados, carentes, além de migrantes e refugiados. Essas pessoas também estão recebendo outros materiais arrecadados, como: mais de 50 mil unidades de roupas e calçados, e cerca de 55 mil unidades de equipamentos de proteção individual.
Iniciativas pelo mundo
Outras boas práticas, além da brasileira, vêm das Caritas do Sudão do Sul, Mali, Níger e Ucrânia que pediram apoio financeiro para projetos de auxílio às pessoas deslocadas internamente e os refugiados. Na Malásia, as igrejas estão oferecendo ajuda e assistência às famílias de migrantes, que vivem de forma precária e são contratados por dia.
No Chile, o Instituto Católico de Migração lançou a campanha #NoMasDistanciamineto (Não mais Distanciamento) para apoiar os migrantes durante a crise, incentivando a tratar bem as pessoas e enfatizando a solidariedade enquanto se respeita o distanciamento social. Já as dioceses chilenas de Rancagua e São Bernardo lançaram a campanha chamada “Cinco Pães e Dois Peixes”.
O boletim desta semana também traz indicações sobre medidas preventivas para conter o vírus em diferentes países, sobretudo em áreas isoladas e rurais. Com a Escola da Paz nos campos de refugiados de Nyumanzi, em Uganda, pronta para reabrir, a Comunidade de Santo Egídio, da Itália, visitou o local para oferecer aulas práticas sobre a prevenção e a luta contra a pandemia.
Centros de detenção de migrantes
Outra questão retratada no boletim, com iniciativas desenvolvidas no mundo, é sobre o apoio a migrantes que estão em centros de detenção – muitas vezes superlotados e com alto risco de contágio do vírus. No Reino Unido, com o cancelamento das visitas presenciais, o acompanhamento por parte do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) acontece por telefone ou com doações.
O serviço on-line do Vaticano, que procura noticiar iniciativas desenvolvidas em todo o mundo, é oferecido em 5 línguas, além do português, em italiano, espanhol, inglês e francês. Até agora, já são 9 boletins semanais que podem ser acessados no site da Seção Migrantes e Refugiados.