Pelas estreitas ligações que Bento XVI mantém com Bressanone e pelo compromisso do próprio Papa com a promoção do diálogo entre as religiões, a cidade da região italiana do Alto Adige conferiu neste fim de semana ao Santo Padre a cidadania honorária. O Cardeal Ratzinger transcorrera várias vezes períodos de férias em Bressanone e este ano voltou à cidade do nordeste da Itália como Pontífice.
Foi intensa e muito participada a cerimônia que se realizou no pátio interno do Seminário Maior, onde o Papa está passando as suas férias deste verão europeu. O Papa falou espontaneamente, do "encontro entre raízes cristãs e modernidade" e da amada cidade de Bressanone.
"Bressanone é para mim um lugar de encontros", disse o Papa, "encontros das culturas; encontro também entre uma sadia laicidade e uma alegre fé católica; encontro entre uma grande história do presente e do futuro. E vemos que esta história que aqui realmente está presente e é tangível não impede a formação, o dinamismo, a vitalidade do presente e do futuro, mas, pelo contrário, os inspira e dinamiza. É também um encontro entre as raízes cristãs e o espírito da modernidade, que somente juntos podem construir uma sociedade verdadeiramente digna desse nome, uma sociedade realmente humana".
Bento XVI elogiou a "convivência das diversas culturas" da zona, alemã, italiana e ladina, "que pode apresentar dificuldades, mas que se demonstra sempre enriquecedora".
Ao conferir a cidadania honorária, o prefeito Purgstaller expressou a esperança de que Bressanone se torne "a cidade do Papa" e de que Bento XVI sinta a cidade realmente como sua.
