O brasileiro Dr. Walter Altamann, luterano, é quem representa o Conselho Mundial de Igrejas no Sínodo sobre família
Da redação, com Rádio Vaticano
Na manhã desta sexta-feira, 16, na plenária do Sínodo, tomarão a palavra os “delegados fraternos”, isto é, membros de outras confissões cristãs convidados para a Assembleia sinodal.
Um destes delegados é o gaúcho Dr. Walter Altmann, luterano, representando o Conselho Mundial de Igrejas. Para ele, as impressões gerais do Sínodo são as “melhores possíveis”. “Eu encontrei um ambiente muito fraterno e acolhedor. Encontro o Sínodo num trabalho muito intenso de percepção de qual é a doutrina e a pastoral da Igreja para com a família e algo que, obviamente, é comum às nossas Igrejas.”
Pontos comuns
Dr. Walter afirma que tanto os luteranos, quando os católicos, entendem que a família é de suma importância, a matriz inclusive da fé para crianças. “E, por extensão, a família é a incorporação de fato no corpo de Cristo e a constituição de uma comunidade que seja de responsabilidade comum, familiar, a começar pelo matrimônio, pela relação com os filhos e, por último, como testemunho para a própria sociedade.”
Conselho Mundial de Igrejas e a família
De acordo com Altmann, o Conselho Mundial de Igrejas tem trabalhado o tema família de variadas formas. Por exemplo, com um trabalho desenvolvido há muitos anos em relação ao HIV/AIDS, propondo a prevenção e de acompanhamento pastoral das famílias que são afetadas.
Há também um trabalho junto aos migrantes, “porque também as migrações estão se transformando mais e mais numa tragédia de dimensão global, e afetam profundamente a unidade da família, a sua integridade”.
“Mas há também declarações quando há situações de guerra, conflitos, perseguição religiosa que existe em muitos lugares do mundo, todas elas afetam profundamente a família. A família pode ser um instrumento de reconstituição, de reconciliação em sociedades muito divididas”, conclui o luterano.