Parceria

Brasil e África do Sul prometem reforçar comércio bilateral

África do Sul e Brasil se comprometeram nesta sexta-feira,9, a aprofundar seus laços comerciais, em mais um sinal de países emergentes que gradualmente reduzem sua dependência econômica dos países ricos.

Ao final de um giro por seis países africanos, sua 12ª visita ao continente, o presidente Lula disse a seu colega sul-africano Jacob Zuma que as economias em desenvolvimento precisam derrubar as barreiras comerciais.

"Eu disse ao companheiro Zuma que não precisamos ter medo um do outro. Precisamos construir coisas juntos. Assim poderemos ser menos dependentes de outros e poderemos construir uma economia mais forte", disse Lula.

Desde que chegou à Presidência, em 2003, o ex-metalúrgico vem se esforçando para elevar o comércio entre Brasil e África para 26 bilhões de dólares, uma multiplicação por mais de cinco desde o início do seu governo.

Zuma elogiou o engajamento de Lula com o continente mais pobre, que nos últimos dez anos vem desfrutando de um período de crescimento inusitado, graças a fatores que incluem o boom nos preços das commodities, o aumento dos investimentos estrangeiros e o perdão da dívida oficial.

Sob Lula, o número de embaixadas brasileiras na África dobrou, chegando a 34.

"O presidente Lula vem priorizando as relações com a África", disse Zuma. "Nos últimos dez anos, o Brasil ampliou sua presença na África."

O Brasil é o maior parceiro comercial da África do Sul na América do Sul, com volume de comércio que chegou a 19 bilhões de rands em 2009, e os dois líderes disseram que esses números vão subir.

Com o Brasil se preparando para sediar a próxima Copa do Mundo de futebol, em 2014, seus líderes também querem aprender com a experiência sul-africana, especialmente em superar a fama de criminalidade e violência que aflige o Brasil tanto quanto a África do Sul.

"As pessoas vão voltar para casa com a convicção de que a África do Sul as encantou. O Brasil vai continuar a aprender a promover uma Copa do Mundo inesquecível", disse Lula.

Em escalas anteriores de sua viagem africana, Lula assinou, entre outras coisas, um acordo de defesa com a Guiné Equatorial; um acordo sobre biocombustíveis com o Quênia e um pacto de cooperação ambiental com a Tanzânia.

Apesar do incentivo de Lula, o Brasil ainda está muito atrás da China em termos de sua presença na África, e, embora seu comércio com o continente venha aumentando, diminuiu em relação ao volume total de comércio brasileiro, passando de 7 por cento em 2008 para 5,6 por cento em maio deste ano.

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