Lojistas palestinos lamentam que alimentação básica não chega por conta do fechamento das fronteiras; outros itens são vendidos a preços altíssimos
Da redação, com Reuters

Diversos palestinos se reúnem em torno de mercado em Gaza / Foto: Reprodução Reuters
Palestinos se reuniram em um mercado na Cidade de Gaza na segunda-feira, 24, para comprar produtos básicos para o Iftar no mês sagrado do Ramadã, já que a guerra em curso e o fechamento das travessias de Gaza pioraram a situação econômica.
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Com a ajuda chegando aos poucos e nenhum sinal de alívio, muitos em Gaza temem o pior, enquanto o Ramadã continua sob condições terríveis. “Chegamos ao ponto da fome”, disse o lojista palestino Abu Mohammed Al-Najjar. “Com a passagem fechada por um mês, nada chegou, nada mesmo”, acrescentou.
No início deste mês, Israel bloqueou a entrada de mercadorias no território em um impasse sobre uma trégua que interrompeu os combates nas últimas sete semanas. A medida levou a um aumento nos preços de alimentos essenciais, bem como de combustível, forçando muitos a racionar suas refeições.
O ataque de Israel a Gaza matou mais de 48 mil palestinos desde outubro de 2023, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, e deixou a maioria do povo destituído e arrasou grande parte do território.
A guerra foi desencadeada por um ataque transfronteiriço liderado pelo Hamas no sul de Israel, no qual militantes mataram 1.200 pessoas e fizeram 251 reféns, de acordo com contagens israelenses.