A Conferência Episcopal dos Estados Unidos encerrou ontem, 13, seu encontro em Orlando, Flórida. Na conclusão, foi aprovado um documento que rejeita a utilização de células-tronco embrionárias em estudos. Trata-se da primeira declaração formal emitida por bispos norte-americanos exclusivamente sobre esta questão.
"As células-tronco são células indiferenciadas, extraídas do embrião ou de tecidos adultos, capazes de se multiplicar e de proliferar quanto cultivadas. Os cientistas depositam grandes esperanças nesses tipos de células para conseguir 'reparar' órgãos enfraquecidos do corpo humano", afirmaram os bispos.
"Não há freio nesta linha que trata o ser humano como mero objeto de investigação", destaca o documento. "A morte de criaturas humanas inocentes, ainda que para ajudar outros, constitui um ato inaceitável em absoluto", menciona ainda o texto, citando a encíclica Evangelium Vitae, do Papa João Paulo II.
"Assumir que os fins justificam os meios para legitimar a morte direta tem sido fonte de muitos males no mundo", concluem os bispos dos EUA.