Carta, assinada pelo Cardeal de Nairobi, dois arcebispos e 18 bispos, é dirigida a todos os quenianos "neste momento crítico e crucial" do país.
"Nós desejamos fazer um apelo apaixonado aos quenianos, homens e mulheres, idosos e jovens, de todas as cores políticas para cessarem a violência e a morte sem sentido de irmãos e irmãs", escrevem os bispos na mensagem. Manifestam o seu pesar e tristeza pela onda de violência e desrespeito da lei que invadiu o país. A situação causou "mortos, feridos e muita destruição. Provocando numerosos deslocados".
"O Quênia somos todos nós! É tempo de parar e refletir sobre as consequências das nossas ações". E acrescentam num tom afetuoso: "Devemos todos ser responsáveis pela segurança e pela coexistência pacífica no nosso país".
Sugerem em seguida uma série de medidas para parar com o atual estado de caos e minorar o sofrimento das pessoas. "Especialmente pedimos aos jovens" para não assumirem atitudes que possam conduzir à violência.
Antes de terminar, os bispos escrevem: "Oferecemos, mais uma vez, a nossa mediação nesta crise difícil". Sugerem "especialmente aos padres e religiosos das nossas paróquias e comunidades religiosas para facilitarem tanto quanto possível a justiça, a paz e a solidariedade com todos aqueles que sofrem neste momento".
Mais de 300 pessoas morreram na onda de violência política e étnica que eclodiu no Quênia após o anúncio da vitória nas eleições de 27 de Dezembro do presidente Mwai Kibaki.