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Visita ao Papa

Bispos levam ao Santo Padre retrato da Igreja Japonesa

Esta manhã, Bento XVI recebeu em audiência o primeiro grupo de Bispos japoneses, no âmbito de sua visita ad Limina Apostolorum.

Eles apresentaram ao Santo Padre luzes e sombras de seu país, entre o ótimo funcionamento dos institutos de formação e a carência de novas vocações. Uma Igreja muito pequena – de meio milhão de católicos, em mais de 125 milhões de habitantes, mas muito respeitada e de antigas raízes missionárias, fundada no século 16, por São Francisco Xavier.

Entre os Bispos recebidos esta manhã, estavam dom Joseph Atsumi Misue e dom Joseph Mitsuaki Takami, respectivamente bispo de Hiroshima e arcebispo de Nagasaki. Estas duas cidades-símbolo do holocausto nuclear têm problemas comuns com outras metrópoles do país do Sol Levante: a dificuldade da comunidade eclesiástica em penetrar no tecido social do país.

Evangelização no Japão

Parte do Japão foi evangelizada por São Francisco Xavier. Ele desembarcou em 1549, aos 43 anos, na ilha de Kyushu. O futuro Santo, que morreu 3 anos depois, iniciou a pregar o Evangelho com o apoio das autoridades e da população. A semente do Cristianismo foi plantada, mas foi o sangue dos mártires a transformá-la em uma planta pequena, mas sólida, como é hoje. Em 1597, 26 japoneses batizados foram assassinados em Nagasaki. A partir de então, professar a fé em Cristo começou a significar colocar a vida em risco.

Apesar do clima de diálogo instaurado após a II Guerra Mundial, uma das dificuldades do Evangelho continua sendo, hoje como ontem, a percepção comum dos japoneses de que o cristianismo é uma 'religião estrangeira'. De fato, aos 500 mil batizados locais, somam-se um número igual de estrangeiros, e são estes a registrarem um aumento sempre maior. O Bispo de Takamatsu, dom Francis Xavier Osamu Mizobe, explica:

“A religião cristã vem de fora, da Europa… A Igreja tentou se adaptar ao contexto e à cultura locais, mas ainda não conseguiu afirmar o Evangelho em terra japonesa. A cultura japonesa se baseia no budismo, no confusionismo e no xintoísmo. É uma cultura pluralista, pluri-religiosa, panteística, e os japoneses tomam uma certa distância do monoteísmo. A cultura japonesa, oriental, aprecia muito a harmonia e a paz. Os japoneses sentem no cristianismo e no monoteísmo um aspecto exclusivista muito forte”.

Segundo o último relatório estatístico da Conferência Episcopal japonesa, relativo a 2006, os batismos, foram mais de 7 mil, entre adultos e crianças. Naquele mesmo ano, outros 5.400 catecúmenos adultos estavam caminhando para o batismo, sem contar os 1.550 bispos e sacerdotes, 138 seminaristas e 6 mil religiosas que completam o quadro hierárquico na Igreja nipônica. Neste cenário, que papel os leigos e as estruturas eclesiais desempenham? Dom Osamu Mizobe responde:

“Os leigos são importantes, porque nos tempos antigos do cristianismo, eles formavam a Igreja e os sacerdotes eram muito poucos. Depois do Concílio Vaticano II, a Igreja japonesa começou a dar espaço à formação dos leigos. Ainda há muito a fazer. O número dos católicos é exíguo: são menos de 0,3% da população, mas apesar disto, a influência do catolicismo e do cristianismo é muito forte, por causa das escolas católicas, missionárias e protestantes. Hoje, a Igreja japonesa está focalizando a sua atenção nos problemas da justiça, da paz, em questões sociais. Vamos falar com o papa que queremos divulgar a Doutrina Social da Igreja na sociedade japonesa. No ano que vem, teremos a beatificação dos Mártires japoneses, com a qual homenagearemos o passado da Igreja japonesa, e da qual esperamos uma mensagem para a sociedade de hoje, aonde trabalhamos e vivemos”.

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