Neste domingo, o presidente do Quênia, Mwai Kibaki, anunciou que o líder da oposição, Raila Odinga, será o primeiro-ministro do novo governo de coalizão, formado para pôr fim à crise surgida no Quênia após as eleições de 27 de dezembro. A Conferência Episcopal do Quênia enviou uma mensagem ao novo governo do país.
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No texto, os prelados identificam algumas prioridades do novo governo: ocupar-se com urgência dos cerca de 170 mil deslocados obrigados há alguns meses a viver em campos em condições precárias; enfrentar o mais rápido possível a questão de uma justa e igual redistribuição da terra; e garantir a segurança dos cidadãos que, em muitas regiões, foi ameaçada por milícias.
Os bispos fazem votos de que todos os membros do governo trabalhem "juntos, na confiança recíproca, como uma equipe, para o bem comum dos quenianos".
Entre outras prioridades identificadas pelos expoentes da Igreja Católica, estão a garantia da segurança alimentar, o restabelecimento do estado de direito e a eficiência do sistema judiciário. Eles convidam o Parlamento a legiferar e aplicar as leis existentes a favor da paz e da estabilidade da nação, em uma ótica de reconciliação e de reconstrução.
Por fim, os bispos pedem à população que faça parte do processo de reconstrução: "Lembremo-nos de que o Quênia pertence a nós quenianos, que existe um tempo para perdoar e um tempo para construir".
