A Conferência Episcopal Equatoriana lamentou ontem a crise diplomática entre Equador e Colômbia e pediu às duas nações que deponham a agressividade e encontrem um caminho de "diálogo e reconciliação".
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Em comunicado, a Conferência "lamenta profundamente o ocorrido entre as duas nações irmãs, historicamente unidas por múltiplos vínculos", e "manifesta sua dor pelas mortes violentas ocorridas na fronteira". A propósito, os prelados deploram a violação das fronteiras equatorianas e pedem que o fato seja esclarecido com "transparência, verdade e justiça”.
Ao constatar que a violência somente gera mais violência, a Conferência pede que "Equador e Colômbia deponham a agressividade e empreendam um diálogo sincero, um caminho de reconciliação".
Aos equatorianos, os prelados pedem que afirmem a unidade e a solidariedade como caminho para defender a dignidade nacional, seja dentro, seja fora das fronteiras.
Equador e Colômbia enfrentam uma crise diplomática sem precedentes, depois que as forças militares colombianas invadiram o território equatoriano, no sábado, para destruir um acampamento clandestino dos rebeldes das FARC.
Na operação, morreu o porta-voz da guerrilha, Raúl Reyes, e outros 20 guerrilheiros. O governo de Quito rompeu relações diplomáticas e reforçou a vigilância militar em sua fronteira com a Colômbia, por considerar que Bogotá violou seu espaço e seu território.
Ontem, o vice-presidente da Conferência Episcopal Venezuelana, Dom Roberto Lückert León, confirmou que as presidências episcopais de Colômbia, Equador e Venezuela estão estudando os tempos e os modos para realizar um encontro de bispos das três nações.
O objetivo desse encontro será coordenar ações pastorais que favoreçam o diálogo entre os três países.