Uma delegação da Comissão dos Episcopados Católicos da União Européia (COMECE) está desde terça-feira, 12, em Bruxelas, na Bélgica, para se reunir com representantes da Comissão e do Parlamento europeus e debater a situação dos refugiados cristãos iraquianos.
Ontem, a COMECE organizou uma coletiva de imprensa com Dom François Yakan, vigário do Patriarcado Caldeu na Turquia, e a Irmã Marie-Claude Naddaf, superiora da comunidade das Irmãs do Bom Pastor, em Damasco, na Síria. Os bispos da COMECE expressaram preocupação com o destino de 4,4 milhões de iraquianos que abandonaram seu país.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, o Oriente Médio está vivendo a maior catástrofe humana desde 1948.
Os bispos recordam que os refugiados em situação mais vulnerável são os não-muçulmanos, que procuram apoio em países de maioria muçulmana, como a Síria, Jordânia, Líbano ou Turquia. Para a COMECE, estamos diante de uma situação desumana, que agrava o risco de imigração clandestina. A proposta da COMECE é que a Europa aceite um contingente de 60 mil refugiados iraquianos de minorias não-muçulmanas.
Esta idéia é respaldada pelos bispos europeus, que pediram à UE que alcance um acordo o mais rápido possível para permitir a entrada de mais refugiados do Iraque nos próximos dois anos. Mais de metade dos 1,2 milhão de cristãos presentes no país em 2003 fugiram do Iraque.