Estatística

Bispos alemães divulgam os dados da Igreja no país em 2016

Dados sobre Igreja na Alemanha foram divulgados em site oficial

Da redação, com Rádio Vaticano

A Conferência Episcopal alemã divulgou em seu site katholish.de os dados de 2016 relativos à vida eclesial na Alemanha.

A divulgação dos dados estatísticos é sempre muito aguardada pelos responsáveis pela Igreja alemã, pelos fiéis e por pessoas interessadas no assunto.

Número de fiéis

Um dos primeiros dados revelados, indica que 162.093 abandonaram a Igreja Católica em 2016, um número  10% menor em relação aos 181.925 de 2015, e uma diminuição de 25% em relação ao ano recorde de abandonos de 2014.

O quadro permaneceu quase inalterado em relação aos que retornaram ao seio da Igreja, ou seja, 6.461 em relação aos 6.474 de 2015. Destes, 2.574 em 2016 e 2.685 em 2015 são de protestantes convertidos ao catolicismo.

O número total de católicos na Alemanha é de 23.581.549.

Entender os motivos

Não obstante a diminuição consoladora do número de abandonos – afirmou o Secretário da Conferência Episcopal, Padre Hans Langedörfer, ao apresentar as estatísticas – a Igreja deve “seguir ativamente” aqueles que abandonaram, “para entender as suas razões”.

Ou seja, para a Igreja é importante entender “cada caso em particular em que a transmissão da fé não foi completamente alcançada”.

Batismos

Uma exceção positiva em meio aos dados que confirmaram também uma queda considerável na participação dos fiéis na vida sacramental, é o aumento no número de batizados.

Em 2016 foram 171.531, enquanto em 2015 os novos incorporados na Igreja foram 167.226.

Crismas

Diferente, pelo contrário, é a situação no que tange aos Sacramentos da iniciação cristã.

Se por um lado foi pequena a diminuição no número das Primeiras Comunhões (176.297 em 2016 e 178.746 em 2015), por outro foi mais acentuada a tendência negativa dos crismas: 149.796 em 2016 contra as 154.261 em 2015.

Estável, por outro lado, permanece o número de casais que se casam na Igreja: 43.610 em 2016 contra 44.158 em 2015.

Funerais

Mesmo não sendo um sacramento, o funeral na Igreja representa um elemento importante da vida cristã.

Frequentemente são os familiares ou os moribundos a pedi-lo, ainda que durante a vida tenham tido pouco ou nenhum contato com a Igreja. Em 2016, por exemplo, foram 243.323.

Sacerdotes

Na Alemanha são 20 mil os colaboradores pastorais ativos na comunidade.  O maior grupo, em se tratando de vocações pastorais, é representado pelos 13.856 sacerdotes (incluindo os religiosos), dos quis 8.786 em serviço ativo (em 2015 eram 14.087).

Diáconos permanentes e leigos

Quase inalterado em relação ao ano precedente é o número dos diáconos permanentes: 3.296 (em 2015 eram 3.304).

Constante também o número de leigos na pastoral: entre os 3.200 responsáveis e assistentes pastorais figuram maiormente os homens (1.792) em relação às mulheres (1.408).

Pelo contrário, entre os responsáveis e assistentes das comunidades – com 4.537 representantes desta vocação – em 2016 as mulheres eram 3.565, enquanto 972 são homens.

A estas cifras é necessário acrescentar todavia os cerca de 18.000 membros das Ordens religiosas e Instituto seculares.

Frequência na Missa dominical

Em relação à frequência à Missa dominical, cerca de 2 milhões e 400 mil participaram da missa em 2016, ou seja, 10,2% dos católicos.

Os fiéis de três Dioceses do leste do país são os que mais frequentam a Missa, como em 2015: Görlitz, com 19,3%, seguida por Erfut com 17,9% e Dresden-Meissen, com 16,5%.

Em cifras absolutas, encontra-se novamente Regensburg, com 185 mil pessoas, ou seja, 15,6% dos fiéis que frequentam a missa regularmente.

Nestes números – sublinhou Pe. Hans Langedörfer – existe um aspecto importante que não é revelado, ou seja, aquele dos numerosos colaboradores existentes nas comunidades ou nas associações ou estruturas eclesiais.

“Isto ocorre na forma do voluntariado, de maneira discreta, sem grandes holofotes”.

Além disto, há um outro dado que merece ser recordado: em 2016, a Igreja alemã ofereceu 127,7 milhões de euros para os refugiados. “Também esta – concluiu o sacerdote – é uma realidade da Igreja”.

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