JMJ em Portugal

Bispo português fala sobre escolha do país para JMJ 2022

Arcebispo de Évora destaca escolha do Papa em realizar no país a JMJ 2022, e fala sobre atualidade social e política em Portugal

Da redação, com VaticanNews

“Lisboa é, sem dúvida, uma plataforma de encontro”. Assim o Arcebispo de Évora destaca a escolha de Portugal para a realização da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que acontecerá no país em 2022.

“Um país de acolhimento, que vai expressar a maternidade, porque é sempre a Mãe que recebe em casa. Somos uma terra mariana e com o Santuário de Fatima”, diz Dom Francisco, que lembra a “grande experiência com a lusofonia da África, Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Guiné”, e ainda “a relação com o Oriente”.

“Admirei muito a argúcia do Papa Francisco”, diz o prelado. O arcebispo destacou que a realidade portuguesa na atualidade fala de um país onde “há menos meios de apoio à solidariedade”, como acontece, por exemplo, “com o desinvestimento no interior”, que atinge também a arquidiocese de Évora.

“Parece-me que Portugal tem vivido sem um projeto”, sublinha o arcebispo de Évora que fala do “peso do desastre bancário português que está a esmagar a cidadania”.

“É necessário que haja uma cultura de competência, uma cultura de seriedade deontológica e ética, diz D. Francisco Senra Coelho que pede “uma relação mais estreita entre os representantes e os representados para que as decisões não sejam delegadas e vendidas de certa maneira, ou hipotecadas aos políticos”.

Ao portal da Santa Sé o arcebispo de Évora sublinha que é necessária “uma globalização da solidariedade e uma atenção muito grande à família, à escola, à saúde e à justiça”.

“São pontos que exigem uma atenção permanente. Diria mesmo, um contrato de regime no nosso país”, conclui D. Francisco Senra Coelho.

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