Pregadores e missionários receberam um alerta na manhã desta quinta-feira, dia 26, no XXVI Congresso Nacional da Renovação Carismática Católica (RCC), em Cachoeira Paulista (SP). O bispo da prelazia de Marajó (PA), Dom José Luiz Azcona, durante sua palestra, disse que "sem a cruz de Cristo toda pregação é vã".
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Segundo ele, a essência do pregador está em assumir a Cristo crucificado "com todas as suas conseqüências". Líderes da RCC de todo Brasil e da América Latina, além de coordenadores de comunidades missionárias estavam presentes no Centro de Evangelização da Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), durante a pregação do bispo.
Ele destacou como principal motivo uma tendência de assumir o trabalho missionário sob uma ótica humana, no qual, se valendo de títulos e status muitos pregam longe da "consolidade" da Igreja, abrindo mão da dignidade de Cristão, sem a vivencia do Cristo que exige e convida a fazer uma opção pelo compromisso da cruz e tudo o que nela encerra.
Dom Azcona fez ainda referência aos povos da Amazônia como "a primeira fronteira da RCC". Em algumas regiões se recebe Eucaristia uma vez por ano devido à escassez de missionários.
O fundador da comunidade Toca de Assis, padre Roberto José Lettieri, citou após a pregação do bispo que não só o norte do país precisa da atenção dos evangelizadores, mas também os grandes centros urbanos. "As cidades dos monumentos, dos prédios, das casas cercadas de muros e seguranças, onde não há contato pessoal também precisam de Deus", afirma.
Cerca de 20 mil pessoas do Brasil e América Latina participam do XXVI Congresso da RCC, que acontece até o próximo sábado, dia 28, em comemoração ao jubileu dos 40 anos do movimento carismático.