"Todos aqueles que se sentam no Senado dos EUA são imigrantes ou filhos de imigrantes. É um país de imigrantes e deve, por isso, ter na devida consideração, os imigrantes de hoje": foi o que disse o arcebispo de San Salvador, Dom Fernando Sáenz Lacalle, lançando um apelo ao Congresso dos EUA, a fim de que supere as divergências e aprove a anunciada reforma migratória o mais importante projeto de lei nessa matéria, nos últimos 20 anos.
O projeto de lei tem como objetivo, entre outras coisas, regulamentar a posição de cerca de 12 milhões de clandestinos. Na semana passada, democratas e republicanos haviam, finalmente, alcançado um acordo para voltar a examinar a reforma "congelada" no Senado.
"A Terra è feita para ser habitada pela grande família humana, portanto deve existir uma abertura para com as migrações" _ acrescentou o arcebispo. "A migração deve ser regulamentada, sublinhou Dom Sáenz Lacalle, ma não para ser rejeitada e sim para canalizar as necessidades de trabalho das pessoas: por isso, deve existir uma oportuna legislação, que leve em conta o princípio geral segundo o qual somos todos irmãos, e que é necessário oferecer uma ajuda considerável àqueles que têm necessidade de migrar."
Estima-se que cerca de dois milhões e meio de salvadorenhos vivam nos EUA, do total de 2,8 milhões de emigrantes dessa nação centro-americana. Segundo a organização "Carecen Internacional", a cada dia, 700 salvadorenhos abandonam sua terra natal, para empreender uma viagem rumo ao norte, em busca do "sonho americano".