Durante a coletiva de imprensa, foram apresentados os detalhes da cerimônia de canonização que será presidida pelo Papa Francisco no próximo domingo, 13.
Da Redação, com Vatican News
A Sala de Imprensa da Santa Sé apresentou nesta sexta-feira, 11, os detalhes da cerimônia de canonização que será realizada no próximo domingo, 13, na Praça São Pedro. A Celebração Eucarística será presidida pelo Papa Francisco e a expectativa é receber cerca de 80 mil fiéis.
Serão canonizados cinco beatos provenientes de três continentes. São eles:
-João Henrique Newman, convertido do Anglicanismo, fundador do Oratório de São Felipe Neri, na Inglaterra; e quatro mulheres:
-Irmã Dulce Lopes Pontes, no civil Maria Rita, primeira santa brasileira, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus;
-Margarida Bays, virgem, Terciária da Ordem de São Francisco de Assis;
-Josefina Vannini, no civil Judite Adelaide Águeda, fundadora das Filhas de São Camilo; e
-Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, Fundadora da Congregação das Irmãs da Sagrada Família.
Durante a coletiva de imprensa, os Postuladores das Causas de Canonização apresentaram brevemente as biografias dos cinco novos santos.
Cardeal João Henrique Newman
João nasceu em Londres, em 1801. Foi ordenado sacerdote pela Igreja Anglicana tornando-se pároco de São Clemente, em Oxford.
Em 1845, Newman converteu-se ao catolicismo e, alguns anos depois, foi ordenado sacerdote da Igreja Católica. Fundou o Oratório de São Felipe Neri e foi criado Cardeal em 1879, com o lema “O coração fala ao coração”.
Joao Newman faleceu em 11 de agosto de 1880 e foi beatificado por Bento XVI em 19 de setembro de 2010.
Irmã Dulce Lopes Pontes
Maria Rita nasceu, em Salvador, Bahia, em 1914. Tinha 6 anos quando sua mãe faleceu. Aos 18, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde recebeu o nome de Dulce. Fundou a União dos Trabalhadores de São Francisco, um movimento operário cristão, e o hospital Santo Antônio.
Irmã Dulce faleceu na capital baiana em 1992. Foi beatificada em 2011, durante o Pontificado de Bento XVI.
O milagre que a levou à canonização é a cura de José Maurício Bragança Moreira, que ficou cego por causa de um glaucoma grave. Ao sofrer de conjuntivite, colocou uma pequena imagem da Irmã Dulce sobre os olhos, pedindo a sua intercessão. Quando acordou, voltou a enxergar.
Josefina Vannini
Josefina Vannini nasceu em Roma, em 1859. Aos quatro anos de idade, perdeu o pai e, três anos depois, a mãe. Durante os exercícios espirituais, conheceu o sacerdote camiliano, Padre Luigi Tezza, que reconheceu nela a pessoa indicada para iniciar uma nova Congregação, fundada em 1892, com o nome de Filhas de São Camilo.
Madre Josefina faleceu em 1911 e, em 1994, foi beatificada por São João Paulo II.
O milagre que a levou à canonização, refere-se a Arno Klauck, mestre de obras de Sinop (MT), que caiu do terceiro andar enquanto colocava vigas de madeira. Enquanto caía, invocou a intercessão da religiosa, salvando-se, milagrosamente, com apenas alguns hematomas.
Margarida Bays
Margarida nasceu em Friburgo, na Suíça, em 1815. Filha de agricultores, trabalhou toda a sua vida como costureira. Acometida por um câncer, com a idade de 40 anos, ficou, inexplicavelmente, curada, em 8 de dezembro de 1854, dia em que Pio IX proclamou o Dogma da Imaculada Conceição.
Margarida teve muitas experiências místicas e experimentou os estigmas. Faleceu em 27 de junho de 1879 e foi beatificada por São João Paulo II, em 29 de outubro de 1995.
Maria Teresa Chiramel Manki-diyan
Maria Teresa nasceu em 1876, em Puthenchira, estado indiano de Kérala. Recebeu muitas graças místicas de Deus, como visões de Nossa Senhora e de Santos, além dos estigmas de Cristo, em 1909, que sempre manteve em segredo.
Em 1914, Maria Teresa fundou a Congregação das Irmãs da Sagrada Família. Sofrendo de diabetes, faleceu em 1926.
Madre Maria Teresa Chiramel foi beatificada por São João Paulo II, em 9 de abril de 2000.