O Papa Bento XVI cancelou todas as audiências durante o mês de julho, mas abrirá uma excessão para receber, em sua residência de verão em Castel Gandolfo, o primeiro ministro da Malásia, Najib Razak na segunda-feira, 18.
De larga maioria muçulmana, onde os cristãos correspondem a 8% da população, a Malásia ainda não possui qualquer tipo de relação diplomática com a Santa Sé. O Premiê solicitou a audiência justamente nesse período em que o país está presenciando manifestações por reformas na lei eleitoral e na Constituição.
Apesar da repressão policial, na última sexta-feira 50 mil pessoas de diferentes religiões foram às ruas protestar, em todo o território, pelo respeito à legalidade e pelo fim da corrupção, e também para exigir uma mudança de mentalidade e uma nova cultura política. A agência AFP anunciou, no domingo, 10, a liberação de mil e seiscentas pessoas presas durantes as manifestações.
De acordo com o diretor do jornal semanal “Le Herald” da arquidiocese de Kuala Lumpur, padre Andrew, esse movimento não tem etiqueta política e reclama por direitos legítimos. Esse mesmo jornal esteve no centro das discussões do ano passado em torno da questão do uso do termo “allah” em nomes muçulmanos, questão que permanece em aberto e que opõe a Igreja Católica ao governo do país do sudeste asiático.