Bento XVI pediu que as escolas católicas estejam atentas aos novos desafios levantados pela globalização e pelo crescente pluralismo, permanecendo abertas aos alunos de outras religiões.
“O acolhimento da pluralidade cultural dos alunos e dos pais tem, necessariamente, de confrontar-se com duas exigências: por um lado, não excluir ninguém por causa da sua pertença cultura ou religiosa (…); por outro, uma vez reconhecida e acolhida essa diversidade cultural, não deixar-se ficar pela pura constatação”, indicou.
O Papa falava ao receber, esta Segunda-feira, os participantes da assembleia plenária da Congregação para a Educação cristã.
Perante os desafios da interculturalidade da inter-religiosidade, Bento XVI reafirmou a importância de um diálogo sincero, "para que as pessoas possam se entender “para lá das diferenças espaciais e temporais”.
Neste contexto, a escola católica “aberta a todos e respeitando a identidade de cada um, não pode deixar de propor a sua própria perspectiva educativa, humana e cristã”.
"A escola católica", observou ainda, "é chamada a cumprir a sua missão num contexto marcado por uma evidente crise educativa, procurando formar o aluno segundo uma visão antropológica integral”.
O Papa abordou também os desafios que se colocam às Universidades católicas e à formação dos seminaristas, pedindo, neste ponto, particular atenção à “correta articulação das diversas dimensões da formação sacerdotal”.