Com destino a Washington (EUA), Bento XVI cedeu a tradicional coletiva aos jornalistas a bordo do avião. Durante a entrevista, em resposta aos questionamentos levantados, o Papa destacou que 'é mais importante ter bons padres do que muitos padres'. Ele tratou, ainda, da dimensão pública da fé e de sua visita à ONU.
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Bento XVI afirmou estar envergonhado pelos casos de abusos sexuais verificados no interior da Igreja Católica, garantindo que está fazendo o possível para evitar que o fenômeno se repita no futuro. Diante deste assunto, o Santo Padre afirmou: "É difícil perceber como os sacerdotes podem trair assim a sua missão". E acrescentou que este é um 'grande sofrimento para a Igreja e para ele em particular'.
Segundo o Papa, para combater o problema da pedofilia e os abusos sexuais, existem três frentes de ação. Em primeiro lugar, e no plano jurídico, deve-se aplicar a justiça, excluindo os pedófilos do exercício do sacerdócio. Em segundo lugar, a ação pastoral deveria concentrar-se no apoio às vítimas com o objetivo de ajudar à reconciliação. Em terceiro lugar é necessário trabalhar com os seminários para reforçar os critérios de seleção e formação.
O Papa abordou ainda a questão da dimensão pública da Fé, elogiando o modelo americano que 'dá espaço a todas as confissões e formas de religião' e que deverá ser considerado pela Europa secularizada.
Bento XVI falou, por fim, de direitos humanos, a propósito da sua visita à ONU. Estes não são negociáveis e são anteriores a todas as instituições. "É importante que as culturas encontrem consenso sobre os valores e direitos humanos", disse, afirmando ainda que é para renovar esta consciência que irá à Nações Unidas.