Em seu encontro desta manhã com os fiéis, na Praça São Pedro, o Papa Bento XVI, centralizou sua reflexão, na figura de São João Damasceno, importante expoente da teologia bizantina: testemunha ocular da transição de uma cultura cristã grega e síria, característica da parte oriental do Império bizantino, ao mundo islâmico, que se expandia através de conquistas militares no território que hoje conhecemos como Oriente Médio.
São João Damasceno nasceu em uma rica família cristã e desde jovem, cuidou de suas finanças e patrimônio. Insatisfeito com a vida que levava, por volta do ano 700 ingressou no mosteiro de São Saba, nas proximidades de Jerusalém. Ali, dedicou-se a práticas austeras, comportamentos disciplinados, literatura e atividades pastorais, como podemos constatar com as numerosas homilias de sua autoria, conservadas ainda hoje. O Papa Leão XIII o proclamou Doutor da Igreja em 1890.
São João Damasceno é recordado, entre outras coisas, por seus três discursos contra os que caluniam as imagens sagradas – considerados os primeiros intentos de legitimar sua veneração, vinculando-a com o mistério da encarnação do Filho de Deus no seio da Virgem Maria. Em seu magistério, insistiu também na veneração das relíquias dos santos.
Ao final da Catequese o Papa saudou os peregrinos presentes na praça São Pedro em várias línguas. Em inglês, dirigiu uma mensagem especial às populações da Jordânia, Israel e Palestina, que receberão sua visita a partir desta sexta-feira.
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