Aumenta a cada ano o número de migrantes que chegam à América Latina provenientes da África e da Ásia. O fenômeno, evidenciado por um estudo da Organização dos Estados Americanos (OEA) e divulgado em Washington, deriva das políticas duras contra os indocumentados em nações desenvolvidas.
Os países da América Latina, que por muito tempo experimentaram o êxodo de seus cidadãos em direção às nações mais ricas, como os Estados Unidos, estão agora recebendo imigrantes, principalmente de Etiópia, Nigéria e Somália; e China, Bangladesh e Nepal, entre outros.
No ano passado, cerca de 60 mil estrangeiros que viviam irregularmente no Brasil foram agraciados com uma anistia, e benefícios semelhantes foram criados também na Argentina, Colômbia e México.
A comissão especial para questões migratórias da OEA admite as dificuldades em definir os números reais destes fluxos, o que gera a suspeita de um incremento do tráfico internacional de pessoas. Fortalecem-se as gangues de tráfico humano, criminosos que se aproveitam da falta de um esquema de segurança mais rígido para estimular a imigração ilegal em troca de dinheiro.
Consta também que raramente os imigrantes africanos com status de refugiado permanecem nos países que os acolhem. Segundo o estudo, seus vistos são frequentemente ‘perdidos’ ou cedidos a traficantes de seres humanos. A grande maioria destes imigrantes tem como meta final os Estados Unidos ou o Canadá.
Apesar da escassa preparação em enfrentar o fenômeno, os países latino-americanos estão respondendo com tempestividade, com programas de cooperação e reformas migratórias.
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