III Encontro Internacional de Corais acontece neste final de semana, em Roma
Denise Claro
Da redação
Neste final de semana, acontece em Roma o III Encontro Internacional de Corais, com a participação de cantores e músicos de todo o mundo. O evento é organizado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, em colaboração com o Nova Ópera Onlus.
Na manhã deste sábado, 24, o Santo Padre se encontrou com os participantes do evento, na Sala Paulo IV.
Papa Francisco iniciou seu discurso dizendo aos cantores que a sua presença despertou o Vaticano.
“É bom ouvir as melodias e sentir a alegria e a seriedade com que vocês dão voz à beleza da nossa oração.”
O Papa falou da importância da música como recurso pastoral, lembrando que esta foi tema do próprio Sínodo recente sobre a juventude. Pela música, se consegue alcançar os jovens, pois eles estão constantemente imersos nela. “A música tem uma cultura e uma língua capaz de despertar emoções e moldar a identidade.”
“A música é um verdadeiro instrumento de evangelização na medida em que vocês se tornam testemunhas das profundezas da Palavra de Deus, que toca o coração das pessoas (…) Com a música vocês dão voz às emoções que estão no fundo do coração de todos. Em momentos de alegria e tristeza, a Igreja é chamada a estar sempre próxima das pessoas, para oferecer-lhes a companhia da fé. Quantas vezes a música e a música tornam esses momentos únicos na vida das pessoas, porque as preservam como uma memória preciosa que marcou sua existência.”
Francisco lembrou das diversas tradições particulares, culturais de cada país, e afirmou que a Igreja está ciente de que os povos possuem uma “tradição musical própria”, com a qual sentem a necessidade de expressar seus sentimentos.
“Através dessas músicas e canções, a voz também é dada à oração e, desse modo, um verdadeiro coro internacional é formado, onde, em uníssono, o louvor e a glória de seu povo se elevam ao Pai de todos. (…) Mesmo se falamos línguas diferentes, todos podem entender a música com a qual cantamos, a fé que professamos e a esperança que nos espera.”
Ao final de seu discurso, o Papa fez um alerta aos cantores e músicos, para que não caiam na tentação de um protagonismo que ofusque o compromisso e humilhe a participação ativa das pessoas na oração:
“Sejam animadores da canção de toda a assembleia e não a substituam, privando o povo de Deus de cantar com vocês e de dar testemunho de uma oração eclesial e comunitária.”
E afirmou:
“A música é instrumento de unidade para tornar o Evangelho eficaz no mundo de hoje, através da beleza que ainda fascina e torna possível acreditar, confiando no amor do Pai.”