Rio 2016

Atletas comentam legado moral que Olimpíadas vão deixar no Brasil

Fabíola Molina e Natália Martins não disputam as Olimpíadas nesse ano, mas já defenderam o Brasil e revelam o legado que vai além das medalhas

Denise Claro
Da Redação

A nadadora Fabíola Molina e a jogadora de vôlei Natália Martins em competições pelo Brasil./ Foto: Arquivo Pessoal

A nadadora Fabíola Molina e a jogadora de vôlei Natália Martins em competições pelo Brasil./ Foto: Arquivo Pessoal

Faltam 22 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e o Brasil prepara seus atletas para competir com os maiores do mundo. A meta do Comitê Olímpico Brasileiro é fazer com que o país se classifique entre os dez primeiros colocados no quadro geral de medalhas.

Preparativos em todos os âmbitos estão sendo feitos para acolher todas as delegações, e os turistas que virão do mundo inteiro.

Dentre os torcedores brasileiros, há os que vão aos jogos e competições e já garantiram seus ingressos, e os que acompanharão pela TV e internet, vibrando pela presença do Brasil nos pódios. Mas as conquistas de se ter um evento esportivo deste porte no país vão muito além do número de medalhas.

Natália Martins em quadra./ Foto: Arquivo Pessoal.

Natália Martins em quadra./ Foto: Arquivo Pessoal.

Um exemplo de que nos jogos não importam só as medalhas é a jogadora de Vôlei Natália Martins, que não vai disputar as Olimpíadas em 2016 mas já vibra com a alegria que o evento vai trazer aos brasileiros.

“Estou bem ansiosa com as Olimpíadas, mesmo em meio a tanta coisa que está acontecendo em nosso país. A preparação para as Olimpíadas foi marcada por muitas dificuldades, mas acredito que os Jogos Olímpicos vêm para dar um pouco de alegria ao nosso povo e reacender a paixão brasileira pelo esporte.”

A nadadora Fabíola Molina também está animada. Em 2016, ela não estará nas Olimpíadas, mas já tem três eventos desse no currículo e está empolgada com os próximos jogos, principalmente com relação ao impacto do evento para o público infantil. “Minha expectativa é a melhor possível. Independente das medalhas que o Brasil possa vir a ganhar, o mais importante é a celebração do esporte de modo geral, e a influência que isso vai causar, especialmente nas crianças”.

“Tiro pela minha vida. Eu comecei a ter meu sonho olímpico depois que eu assisti na TV o Ricardo Prado ganhar a medalha de prata, e me motivou a um dia conseguir realizar um sonho também. Nós teremos a oportunidade de ver esses atletas competindo na nossa casa, e de motivar as crianças a seguir seus sonhos, independente se será no esporte ou em outro ramo. Para mim, o maior legado que os Jogos Olímpicos podem deixar em nosso país é esse brilho nos olhos das crianças.”

Valores

Os valores olímpicos, segundo Fabíola Molina, são a amizade, a excelência e o respeito. Mas o esporte traz ainda muitas outras contribuições a quem o pratica.

Para Natália, que atua em um esporte coletivo, um dos mais importantes é o trabalho em equipe. “Quando se trabalha em conjunto, se depende do outro. Você aprende a contar com o outro, e o valor da união.” E ressalta a fé como um valor pessoal: “Como cristã, a vivência da fé me dá forças para superar as dificuldades que encontro no esporte e na vida. Acredito na promessa que Deus tem para mim, e porque acredito, sigo em frente.”

Fabíola Molina em visita à Canção Nova, em Cachoeira Paulista./ Foto: Arquivo Pessoal.

Fabíola Molina em visita à Canção Nova, em Cachoeira Paulista./ Foto: Arquivo Pessoal.

Fabíola lembra ainda outras características importantes de um atleta. “Quem pratica esportes acaba tendo uma perspectiva diferente na vida, aprende a lutar com garra e determinação, a não estar acomodado. A seriedade, a honestidade, o companheirismo, a perseverança, e a valorização das amizades são valores do esporte. Além disso, o respeito ao outro sempre está presente. A gente vê cenas lindas no esporte em termos de respeito de diferenças, e no nosso caso, que vamos acolher o mundo todo, acredito que o esporte também trará um pouco mais de humanidade para o nosso país.” 

Em relação à fé, Fabíola acrescenta: “Sou católica desde criança. Em minha vida, sempre busquei a Igreja, e quando morei nos Estados Unidos conheci muitos atletas que também vivenciam a fé dentro do esporte. Você sentir Deus e conseguir ser reflexo Dele para outras pessoas no meio em que você está é o que nos motiva.” 

 

 

 

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