Somente neste domingo, 27, pelo menos 16 militares e civis foram mortos no conflito entre os dois países que se arrasta desde 2016
Da redação, com Reuters
Reservistas foram convocados pelo governo da Armênia no conflito contra o Azerbaijão / Foto: Reprodução Reuters
Armênia e Nagorno-Karabakh declararam lei marcial e mobilizaram a população masculina neste domingo, 27, após os confrontos com o Azerbaijão.
Pelo menos 16 militares e vários civis foram mortos nestes que são considerados os confrontos mais severos entre a Armênia e o Azerbaijão desde 2016, reacendendo a preocupação com a estabilidade no sul do Cáucaso, um corredor para oleodutos que transportam petróleo e gás para os mercados mundiais.
Os confrontos foram a gota d’água em uma disputa de longa data sobre Nagorno-Karabakh, uma região separatista que fica dentro do Azerbaijão, mas é governada por armênios étnicos.
O Azerbaijão, que também declarou a lei marcial, disse que suas forças responderam ao bombardeio armênio e que cinco membros de uma família foram mortos pelos armênios.
A violência gerou uma onda diplomática a fim de reduzir as novas tensões em um conflito que dura décadas entre a maioria cristã da Armênia e especialmente o Azerbaijão muçulmano, com a Rússia pedindo um cessar-fogo imediato e outra potência regional, a Turquia, declarando apoio ao Azerbaijão.
Embora um cessar-fogo tenha sido firmado em 1994, depois que milhares de pessoas foram mortas e muitas outras deslocadas, o Azerbaijão e a Armênia frequentemente se acusam de ataques em torno de Nagorno-Karabakh e ao longo da fronteira azeri-armênia.
Neste domingo, 27, o Papa Francisco, após a tradicional oração mariana do Angelus, fez um apelo à paz nos conflitos envolvendo o Azerbaijão e a Armênia. “Rezo pela paz no Cáucaso e peço às partes em conflito que façam gestos concretos de boa vontade e fraternidade que possam levar à solução dos problemas”, disse o Santo Padre.
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