Esclarecimento

Arcebispo explica que em Cúria Romana não existe luta pelo poder

A imagem da Cúria Romana demasiadas vezes transmitida na opinião pública não corresponde à realidade. É precisamente a infidelidade que está na base das fugas de documentos que tiveram ressonância midiática sobretudo na Itália. O Arcebispo Angelo Becciu, secretário do Governo do Estado do Vaticano explica ao jornal Losservatore Romano que tais especulações são infundadas.

"Não tendo trabalhado aqui antes, e desde que cheguei, em 31 de maio do ano passado, descobri pouco a pouco, pessoas dedicadas ao serviço da Santa Sé, devotas ao Papa, competentes, sadiamente orgulhosas do seu trabalho", ressaltou.

Diplomata em sete países de quatro continentes e núncio apostólico em Angola e Cuba, D. Angelo Becciu faz questão de frisar, em contraste com a imagem difundida pelos meios de comunicação de uma Cúria como lugar para se fazer carreira e de conspirações, que tal visão não tem relação com o trabalho desempenhado pelo órgão Vaticano.

Encontram-se menções sobre o assunto na visita que Bento XVI fez à sua Secretaria de Estado em 21 de maio de 2005, pouco mais de um mês depois da sua eleição em conclave.

"À competência e ao profissionalismo do trabalho aqui desempenhado, acrescenta-se também um aspecto particular, um profissionalismo particular: faz parte do nosso profissionalismo o amor a Cristo, à Igreja, às almas. Nós não trabalhamos – como dizem muitos acerca do trabalho – para defender um poder. Não temos um poder mundano, secular. Não trabalhamos pelo prestígio, não trabalhamos para fazer crescer uma empresa ou algo semelhante. Nós trabalhamos realmente para que as estradas do mundo sejam abertas a Cristo. E todo o nosso trabalho, com todas as suas ramificações, no final serve precisamente para que o seu Evangelho, e assim a lógica da Redenção, possa chegar ao mundo" disse.

 

      

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