O sacerdote lamenta que após a guerra entram menos produtos na cidade e que os preços são muito altos; falta até comida e gás
Da Redação, com Rádio Vaticano
Há um ano terminava a ofensiva israelense em Gaza, que começou no dia 8 de julho. Cinquenta dias de guerra causaram cerca de 2 mil e 2oo mortes entre os palestinos, entre as quais, 500 crianças, enquanto entre os israelense cerca de 66 soldados e 5 civis, incluindo uma criança morreram. O rastro de destruição ainda é imenso em Gaza.
Sobre a situação, o pároco brasileiro de Gaza, Padre Mario da Silva, da Congregação do Verbo Encarnado falou à Rádio Vaticano.
“Depois da guerra, foi prometido muito dinheiro para a reconstrução e, ainda, um ano depois, nós, na verdade, não vemos um grande trabalho em termos de reconstrução. Governos como o Catar, como os Estados Unidos, tiveram problemas políticos, porque não sabiam se esse dinheiro iria para esta ou aquela outra pessoa, se iriam para este governo ou aquele outro: são problemas reais, mas já passou um ano e nós não vemos grandes trabalhos de reconstrução. “
Ele conta que as pessoas que perderam suas casas ainda estão vivendo no meio dos escombros, que muitas escolas são usadas como abrigo, e que é em meio a essa realidade que as crianças vão à escola.
“No inverno passado, algumas crianças morreram de frio. Aqui falta tudo: não há comida, não há gás, porque especialmente após a guerra foi um pouco tudo fechado, também da parte do Egito e até mesmo do lado de Israel: entram menos coisas e os preços são muito altos!”