Estudo aponta ainda que solução para desacelerar o processo seria eliminar o carbono da atmosfera
Da redação, com Reuters
O aquecimento global está levando a um derretimento irreversível da massa de gelo na Antártica e diminuir a emissão de carbono na atmosfera seria a única solução para retardar o processo, segundo estudo recente de uma equipe internacional de cientistas. A pesquisa foi publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Atividades humanas recentes intensificaram o aquecimento global, o que poderá resultar num derretimento em massa da Antártica, disse Zoe Thomas, que fazia parte da equipe que publicou recentemente um artigo sobre o derretimento do gelo antártico.
O estudo mostrou que o mundo poderá perder a maior parte do gelo da camada de gelo da Antártica Ocidental, que repousa no fundo do mar e é cercada por gelo flutuante.
“O que estamos vendo com a camada de gelo da Antártica Ocidental é o início deste derretimento. Uma vez atingido um certo limiar, [o derretimento] continuará apesar dos nossos esforços para detê-lo”, disse a pesquisadora.
A temperatura mais quente já registrada na Antártica, de 18,3 graus Celsius (64,94 graus Fahrenheit), foi registrada em uma base de pesquisa no dia 6 de fevereiro. Se as temperaturas mais altas se mantiverem, poderão causar um aumento extremo do nível do mar em todo o mundo.