Foi apresentada nesta quarta-feira, 27, ao Papa Bento XVI a primeira cópia do volume "Our Stem Cells: The Mistery of Life and Secrets of Healing" (Nossas Células-Tronco: o Mistério da Vida e os Segredos da Cura). Trata-se de um texto inovador para a pesquisa sobre células-tronco adultas, que estuda as possíveis terapias graças à sua utilização no campo médico, bem como as suas possíveis implicações culturais e éticas.
De fato, trata-se de uma obra única, resultado da colaboração entre o Pontifício Conselho para a Cultura – mediante a sua fundação caritativa STOQ International – e a "Stem for Life Foundation".
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O texto, que estará disponível até o final do ano, contém um discurso de Bento XVI, no qual exorta a um apoio e a uma sensibilização maiores aos progressos na pesquisa sobre as células-tronco adultas, a fim de aliviar os sofrimentos humanos.
Especificamente, o estudo examina os conceitos discutidos na I Conferência internacional sobre células-tronco adultas, realizada no Vaticano em novembro do ano passado, e oferece ao leitor um panorama fascinante e completo do seu papel vital no futuro da medicina regenerativa, incluindo a sua capacidade de robustecer o coração e órgãos danificados, restituir a visão, eliminar o câncer, curar o diabetes, as queimaduras e estagnar a evolução de doenças degenerativas como o Alzheimer, a esclerose múltipla e o morbo de Lou Gehrig.
"O livro – rico de casos reais – não fala somente do bom êxito da nossa parceria histórica com o Vaticano, mas lança as bases para os nossos próximos encontros", afirmou a administradora-delegada da NeoStem e presidente da Stem for Life Foundation, Robin Smith.
Com os mesmos sentimentos, Monsenhor Tomasz Trafny, do Pontifício Conselho para a Cultura, se diz convencido de que o volume pode promover um diálogo intenso entre a comunidade científica e a comunidade religiosa no seio da importante moldura da busca da verdade e dos mais altos valores éticos.
"Fazemos votos de que possa contribuir para educar as pessoas do mundo inteiro sobre a importância de uma pesquisa científica ética, e ajudá-las a entender que não é necessário escolher entre a própria fé e a ciência, mas que, na realidade, as duas podem trabalhar juntas para melhorar a humanidade profundamente", conclui monsenhor Trafny.