Medida afeta todos os países do Espaço Schengen
Da redação, com Ansa
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump/ Foto: Peter Zelasko – CNA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu os voos comerciais para o Espaço Schengen, área de livre circulação de pessoas dentro da Europa, por causa da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que já contaminou quase 130 mil pessoas e matou mais de 4,6 mil em todo o mundo.
A medida foi anunciada na noite desta quarta-feira, 11, em meio à explosão dos contágios nos Estados Unidos, que contabilizam cerca de 1,3 mil casos, o oitavo país mais atingido em termos absolutos, atrás de China (80,9 mil), Itália (12,4 mil), Irã (9 mil), Coreia do Sul (7,8 mil), França (2,2 mil), Espanha (2,2 mil) e Alemanha (2 mil).
A medida entrará em vigor à meia-noite de sexta-feira, 13, e valerá por pelo menos 30 dias. “Já havíamos feito uma medida salva-vidas com a China, agora devemos tomar a mesma ação com a Europa”, disse Trump.
Espaço Schengen
O Espaço Schengen inclui 22 países da União Europeia (as exceções são Bulgária, Chipre, Croácia, Irlanda e Romênia), além de Islândia, Liechtenstein, Suíça e Noruega. O Reino Unido não faz parte do grupo.
A restrição valerá para todos os cidadãos estrangeiros que tenham estado em alguns desses países nos 14 dias anteriores à sua chegada aos EUA, com exceção de residentes permanentes ou familiares próximos de americanos.
Em seu perfil no Twitter, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que é preciso “evitar perturbações econômicas”. “A Europa está tomando todas as medidas necessárias para conter a disseminação da Covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus]”, garantiu.
Trump, por sua vez, vem adotando uma postura errática em relação à epidemia: já culpou a China, chamou o coronavírus de “nova farsa” da oposição para derrubá-lo, disse que a imprensa estava “inflamando” a situação e agora afirma que a União Europeia foi “lenta” no combate ao Sars-CoV-2.
O avanço da epidemia nos EUA, que também somam 38 mortes, provocou o cancelamento de comícios para as eleições de 2020 e aumentou a instabilidade no mercado financeiro. Além disso, a NBA suspendeu a temporada após um jogador do Utah Jazz, Rudy Gobert, ter testado positivo para o novo coronavírus.
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