Um analista em segurança cibernética italiano garantiu que a falha que causou problemas em linhas aéreas e instituições financeiras no mundo todo não foi culpa da gigante em tecnologia Microsoft
Da Redação, com Reuters
Um analista italiano de segurança cibernética disse nesta sexta-feira, 19, que a falha tecnológica global que interrompeu as operações em vários setores, incluindo aeroportos, companhias aéreas, meios de comunicação e bancos, não foi causada pela Microsoft.
O analista de segurança cibernética e professor do Departamento Politécnico de Engenharia da Computação de Milão, Stefano Zanero, disse à Reuters que a interrupção foi causada por uma atualização do software CrowdStrike lançada por volta das 5h30 GMT.
O especialista disse ainda que qualquer computador que não sofresse interrupções de software durante a noite ou pela manhã provavelmente não seria afetado no final do dia.
A indústria das viagens foi uma das mais atingidas, com aeroportos de todo o mundo a reportar problemas com os seus sistemas e atrasos. Bancos e outras instituições financeiras da Austrália à Índia e África do Sul alertaram os clientes sobre interrupções nos seus serviços.
Tela azul
De acordo com um alerta enviado pela empresa norte-americana de segurança cibernética CrowdStrike a seus clientes às 05h30 GMT de sexta-feira e revisado pela Reuters, seu software amplamente utilizado “Falcon Sensor” estava fazendo com que o Microsoft Windows travasse e exibisse uma tela azul, conhecida informalmente também como “Tela Azul da morte”.
“A maioria das pessoas presumiu que se tratava de um problema com o software da Microsoft e, portanto, a empresa também ajudou seus clientes a lidar com a interrupção, mesmo que não tivesse sido causada pela própria Microsoft”, disse Zanero.
Não está claro quão facilmente os sistemas afetados puderam ser corrigidos remotamente, já que a “Tela Azul da Morte” fez com que os computadores travassem na reinicialização antes que pudessem ser atualizados.