Estas são as palavras do Papa ao introduzir a oração mariana:
Queridos irmãos e irmãs,
com a alma plena de admiração e inundada pela luz que emana da Gruta de Belém, onde com Maria, José e os pastores adoramos o nosso Salvador, hoje comemoramos o diácono Santo Estêvão, o primeiro mártir cristão. O seu exemplo nos ajuda a melhor penetrar no mistério do Natal e testemunha-nos a maravilhosa grandeza do nascimento daquele Menino que revela claramente a graça de Deus para a salvação dos homens (cf. Tt 2:11). Aquele que chora na manjedoura, na verdade, é o Filho de Deus feito homem, que nos convida a um corajoso testemunho do seu Evangelho, como fez Santo Estêvão, que, cheio do Espírito Santo, não hesitou em dar a vida por amor de seu Senhor. Ele, como seu mestre, morre perdoando seus perseguidores e nos faz entender como a entrada do Filho de Deus no mundo dá origem a uma nova civilização, a civilização do amor, que não desiste diante do mal e da violência e rompe as barreiras entre os homens, tornando-os irmãos na grande família dos filhos de Deus.
Estevão é também o primeiro diácono da Igreja, que fazendo-se servo dos pobres por amor a Cristo, entra gradualmente em sintonia com Ele e segue-o até o dom supremo de si mesmo. O testemunho de Estêvão, bem como o dos outros mártires cristãos, indica aos nossos contemporâneos, muitas vezes confundidos e desorientados, onde devem colocar sua confiança para dar um sentido à vida. O mártir, na verdade, é aquele que morre com a certeza de saber-se amado por Deus e, nada preferindo ao amor de Cristo, sabe que escolheu a melhor parte. Configurando-se plenamente à morte de Cristo, toma consciência de ser semente que fecunda vida no mundo e de abrir os caminhos de paz e esperança. Hoje, apresentando o diácono Santo Estêvão como um modelo, a Igreja indica, também, na hospitalidade e amor para com os pobres um dos caminhos priviliegiados para viver o Evangelho e testemunhar aos homens de uma forma credível o Reino de Deus que vem.
A Festa de Santo Estêvão também nos lembra a muitos crentes que, em várias partes do mundo, passam por provações e tribulações por causa de sua fé. Confiando na proteção do Céu, comprometamo-nos a apoiá-los através da oração e a não perder a nossa vocação cristã, sempre colocando no centro de nossa vida Jesus Cristo, que nestes dias contemplamos na simplicidade e humildade do presépio. Para isso, invocamos a intercessão de Maria, Mãe do Redentor e Rainha dos Mártires, com a oração do Angelus.
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