No final da celebração eucaristica o Papa deslocou-se fora da catedral de Santo Estêvão para, por volta do meio-dia, dirigir a palavra aos milhares de fiéis que não tinham encontrado lugar dentro do templo, e para recitar o Ângelus dominical, também com todos os que estavam sintonizados através da rádio e da televisão.
Na costumada alocução prévia, o Papa recordou uma vez mais o Evangelho do dia, sublinhando que Maria foi a discípula exemplar de Jesus, que o seguiu fielmente:
"Perante respeitoso e delicado amor de Deus, que para a realização do seu projeto de salvação aguarda a livre colaboração da sua criatura, a Virgem pôde abandonar toda e qualquer hesitação, entregando-se confiadamente nas suas mãos. Plenamente disponível, totalmente aberto no seu íntimo e livre de si, ofereceu a Deus a possibilidade de a cumular com o seu Amor, com o Espírito Santo. Maria pôde assim receber em si mesma o Filho de Deus e dar ao mundo o Salvador que a ela se tinha dado".
"Também a nós, na celebração eucarística, nos foi dado hoje o Filho de Deus" – prosseguiu o Papa. "Quem fez a comunhão leva agora em si, de modo particular, o Senhor ressuscitado. Como Maria o levou no seu seio – um indefeso pequeno ser humano, totalmente dependente da benevolência da mãe – assim também Jesus Cristo, sob a espécie do pão, se confiou a vós, caros irmãos e irmãs".
"Amai-o como O amou Maria! Levai-o aos homens, como Maria O levou a Isabel, suscitando júbilo e alegria! A Virgem doou ao Verbo de Deus um corpo humano para que pudesse entrar no mundo. Dai também vós o vosso corpo ao Senhor, tornando-vos cada vez mais instrumento do amor de Deus, templo do Espírito Santo".
