PREVENÇÃO

Alunos vivenciam aula especial sobre prevenção às drogas

No Dia Internacional de Combate às Drogas, nossa equipe foi conhecer um projeto criado para prevenir a violência e o uso de drogas entre crianças e adolescentes. A iniciativa surgiu nos Estados Unidos e se espalhou pelo Brasil.

Reportagem de Flavio Rogério e Antônio Matos

As crianças deste colégio na zona sul de São Paulo tiveram uma manhã diferente. Elas participaram de uma aula do programa educacional de resistência às drogas e à violência, o Proerd. “Eu gostei porque eles foram bem legais com a gente e eles deram várias lições, que a gente conseguiu aprender”, disse a estudante, Beatriz Leiva Fiore.

O Proerd surgiu nos Estados Unidos e chegou ao Brasil há mais de 30 anos. O curso é oferecido a crianças e adolescentes de escolas públicas e privadas e tem como foco principal o combate ao uso de drogas. “A gente chama tecnicamente de prevenção primária, que é trazer o que as drogas, tanto lícitas e ilícitas, podem causar ou como lidar com a pressão quando está naquele inserido naquele grupo social, a tomada de decisão e a valorização da saúde”, explicou a capitã Viviane Furis, da Diretoria de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos(SP)

O sargento do mesmo organismo, Vieira Júnior, reforçou a necessidade do projeto. “O Proerd, ele é essencial por conta dele trabalhar a autoestima das crianças. Então ele trabalhando a autoestima das crianças, as crianças vão ter segurança em dizer não, independente se for para droga ou qualquer outra coisa que ela acha interessante não fazer parte”.

As apostilas são adaptadas para cada faixa etária e há material em Braile para estudantes cegos. O Proerd também envolve as famílias nas atividades e aproxima a Polícia Militar da comunidade escolar. 

“Mesmo a gente sendo uma instituição militar, que tem regras, que tem que agir repressivamente nos casos específicos, é um ser humano, é um ser humano também que é pai, que é irmão, que tem os filhinhos na idade dos próprios alunos. Então justamente vê o lado humano”, analisou a capitã.

Somente em São Paulo, mais de 3.600 policiais foram capacitados para aplicar o programa. Ao todo, 11 milhões de crianças já passaram pelo Proerd, como Rafael, de apenas 10 anos, que guarda a experiência com carinho. “Eu achei muito boa essa convivência, porque eu não sabia como é que eles reagiam e a gente fez também muitas perguntas da sala. Quando eu comecei o Proerd, eu não sabia que o cigarro tinha matado muita gente e a bebida alcoólica também era muito mal, causava muitas coisas ruim”, concluiu informado, o estudante, Rafael Oliveira Tarifa.

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