A Conferência de Bispos Católicos do Japão (CBCJ) informou que o Papa Bento XVI aprovou e assinou o decreto para a beatificação do Padre Jesuíta Pedro Kibe e seus 187 companheiros mártires.
Através de seu Presidente e Bispo de Nagoya, Dom Jun'ichi Nomura; a CBCJ indicou que logo depois de inteirar-se da aprovação se nomeou uma comissão preparatória que se encarregará de organizar as atividades prévias ao grande acontecimento e elaborar o programa da celebração.
"Eles (os beatos) são postos para a imitação de outros cristãos como modelos exemplares de vida cristã", afirma o comunicado emitido pela CBCJ, que será a encarregada de determinar a data da beatificação.
Os mártires, em sua maioria laicos, foram perseguidos por sua fé cristã entre 1603 e 1639. Entre eles há cinco religiosos; "cidadãos; donas de casa; homens e mulheres, crianças e idosos, que se fascinaram com a primeira evangelização; famílias inteiras gostosas de morrer juntas; amos e servos; gente sem nome, das classes mais baixas; inclusive incapacitados físicos. Todos eles representam a variedade de pessoas que viviam distintos estados de vida", assinala o documento da CBCJ.
"Não eram ativistas políticos que lutavam pelos direitos humanos, gritando contra um regime que negou a liberdade de religião. Foram pessoas de profunda e genuína fé, que entregaram sua própria vida pelo que acreditavam. Eles nos dão muito que pensar a nós", finaliza a nota.
O processo para a Beatificação se abriu em 1996, com ocasião do 400° aniversário do martírio de Nagasaki e entre eles figuram Paolo Miki e seus companheiros, Grazia Hosawaka, Ludovico Ibaragi, Michael Kozaki e Takayam Ukon. No Japão os católicos são uma minoria: 1.127 milhões.
